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Clima

COP15 contra desertificação começa nesta segunda-feira (9) na Costa do Marfim

Durante a COP15, que vai até 20 de maio, os participantes vão tentar propor medidas concretas para frear a degradação do solo

Presidente da Costa do Marfim Alassane Ouattara (na esquerda) fala durante a cerimônia de abertura da COP15Presidente da Costa do Marfim Alassane Ouattara (na esquerda) fala durante a cerimônia de abertura da COP15 - Foto: Sia Kambou / AFP

A COP15 contra a desertificação foi inaugurada nesta segunda-feira (9) em Abidjan, na Costa do Marfim, na presença de vários chefes de Estado africanos, para tentar agir contra a rápida degradação dos solos e responder à “emergência climática”. 

Menos conhecida do que sua "irmã mais velha" sobre o clima, esta Conferência das Partes (COP) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNAPCD, na sigla em inglês), que celebra sua 15ª edição, aborda questões cruciais. De acordo com a ONU, 40% das terras de todo mundo se degradaram. 

"Nossa cúpula acontece em um contexto de emergência climática que impacta duramente nossas políticas de gestão de terras e agrava o fenômeno da seca", declarou o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, durante a abertura da sessão, acompanhada presencialmente por nove chefes de Estado africanos.

"Nossos povos depositam muita esperança em nós. Não temos o direito de decepcioná-los. Vamos agir rápido, vamos agir juntos para dar uma nova vida às nossas terras!", acrescentou. 

Durante a COP15, que vai até 20 de maio, os participantes vão tentar propor medidas concretas para frear a desertificação. 

“Atenção especial será dada à restauração, até 2030, de 1 bilhão de hectares de terras degradadas, à perenidade do uso da terra diante das consequências da mudança climática e (...) aos riscos de catástrofes como as secas, as tempestades de areia e de poeira e os incêndios florestais", declarou a UNAPCD, em um comunicado. 

Esses fenômenos afetam, notavelmente, o continente africano. 

Também se prevê abordar o faraônico projeto da "Grande Muralha Verde", que buscará restaurar 100 milhões de hectares de terras áridas africanas, até 2030, em uma faixa de 8.000 km, indo do Senegal ao Djibuti.

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