COP26 pede a países que limitem uso de carvão e financiamento de energias fósseis
Após duas semanas de negociações, a COP26 deveria terminar oficialmente nesta sexta (12), mas com as divergências registradas no momento é provável que prossiga pelo fim de semana
Um segundo rascunho de resolução provisório na conferência sobre o clima de Glasgow pede aos países a "supressão progressiva da energia produzida com carvão sem mitigação e dos subsídios ineficazes aos combustíveis fósseis".
As centrais de energia elétrica à base de carvão "sem mitigação" são aquelas que não utilizam tecnologia de captura de carbono para compensar parte dos gases que emitem à atmosfera.
Esta é uma menção sem precedentes em mais de duas décadas de negociações sobre tais combustíveis, incluindo gás e petróleo, amplamente responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa que provocam o aquecimento do planeta.
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Porém, esta frase é mais suave que a do primeiro rascunho, que pedia simplesmente aos países para "acelerar o abandono do carvão e o financiamento dos combustíveis fósseis".
Após duas semanas de negociações, a COP26 deveria terminar oficialmente nesta sexta-feira (12), mas com as divergências registradas no momento é provável que prossiga pelo fim de semana.
Os delegados de quase 200 países reunidos na cidade escocesa desde 31 de outubro têm como missão determinar o modo de cumprir os compromissos do Acordo de Paris.
O acordo de 2015 estabeleceu um compromisso para limitar o aumento da temperatura global abaixo de +2 ºC até o fim do século na comparação com a era pré-industrial, e de maneira ideal o mais seguro +1,5 ºC, para evitar as devastadoras catástrofes naturais representadas por cada décimo de grau adicional.