Coreia do Norte diz que mísseis são resposta a manobras de Seul e Washington
Comunicado foi divulgado paralelamente a reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o lançamento de um míssil sobre o Japão
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte informou, nesta quinta-feira (5) que a série de mísseis disparados nos últimos dias é uma medida de retaliação pelos exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
O comunicado do ministério foi divulgado paralelamente a uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o lançamento de um míssil de médio alcance que sobrevoou ontem o território do Japão.
O ministério defende que esses disparos são "simplesmente medidas de retaliação do Exército Popular Coreano às manobras conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que aumentam a tensão militar na península coreana". Os dois países aumentaram as manobras militares na região nas últimas semanas, em certas ocasiões com a participação do Japão.
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Pyongyang também criticou a decisão americana de enviar seu porta-aviões de propulsão nuclear USS Ronald Reagan àquela zona pela segunda vez em menos de um mês: "A RPDC (sigla oficial do país, ndr) vê que os Estados Unidos representam uma séria ameaça à estabilidade na península da Coreia e em seus arredores ao mobilizar novamente o porta-aviões."
O lançamento do míssil desta terça-feira, que provocou ordens de evacuação em algumas regiões do Japão, desencadeou uma onda de condenação internacional. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul responderam hoje disparando uma salva de mísseis no mar.
O país comunista liderado por Kim Jong Un disparou posteriormente outros dois mísseis balísticos de curto alcance, elevando a seis o número de lançamentos realizados em menos de duas semanas.
A Coreia do Norte realizou neste ano um número recorde de testes de armas e revisou recentemente suas leis, para declarar seu status de potência nuclear "irreversível".