Coreia do Norte tentou hackear Pfizer, informa inteligência sul-coreana
O fechamento das fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana
Hackers norte-coreanos tentaram invadir os sistemas da gigante farmacêutica Pfizer para encontrar informações sobre a vacina e tratamentos contra o coronavírus, informaram nesta terça-feira (16) meios de comunicação, citando a inteligência sul-coreana.
O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) "nos informou que a Coreia do Norte tentou obter tecnologias incluindo a vacina e tratamentos contra a covid por meio de um ataque cibernético para hackear a Pfizer", declarou a repórteres o deputado Ha Tae-keung.
Pyongyang foi o primeiro país do mundo a fechar suas fronteiras no final de janeiro de 2020 na tentativa de se proteger da pandemia que surgiu em dezembro de 2019 na vizinha China e que desde então se espalhou por todo o planeta, matando mais de 2 milhões de pessoas.
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O líder norte-coreano, Kim Jong Un, garantiu que seu país não teve nenhum caso de contaminação por coronavírus, mas especialistas acreditam que a alegação é improvável, visto que a vizinha China é o principal parceiro comercial e apoio de Pyongyang.
O fechamento das fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já sujeita a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido pelo regime.
De acordo com especialistas ocidentais, a Coreia do Norte tem um exército de vários milhares de hackers altamente treinados que já atacaram empresas, instituições e centros de pesquisa, especialmente na Coreia do Sul.
Pyongyang também roubou mais de US$ 300 milhões em criptomoedas nos últimos meses por meio de ataques informáticos destinados a financiar seus programas nucleares e balísticos proibidos, de acordo com um relatório confidencial da ONU divulgado alguns dias atrás.
Embora afirme estar livre do vírus, a Coreia do Norte solicitou recentemente vacinas contra a covid-19, das quais deve receber quase dois milhões de doses, segundo a GAVI Alliance, membro do programa da ONU Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres.
Esta é a primeira confirmação oficial de que Pyongyang pediu ajuda internacional, quando a infraestrutura sanitária da Coreia do Norte é considerada totalmente inadequada para lidar com uma epidemia em grande escala.