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Coreia do Norte

Coreia do Norte testa míssil antiaéreo antes de reunião do Conselho de Segurança

O míssil antiaéreo tem um "notável desempenho de combate", afirmou a agência de notícias oficial da Coreia do Norte

Míssil balístico lançado na Coreia do NorteMíssil balístico lançado na Coreia do Norte - Foto: AFP photo/KCNA via KNS

A Coreia do Norte anunciou que lançou com sucesso um novo míssil antiaéreo, poucas horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para examinar a recente série de testes de armamento por parte do país asiático.

O míssil antiaéreo tem um "notável desempenho de combate" e inclui controles de leme duplo e outras novas tecnologias, afirmou a KCNA, agência de notícias oficial da Coreia do Norte.

Uma foto publicada pelo jornal estatal Rodong Sinmun mostra o momento do lançamento do míssil na quinta-feira (29). 

Em setembro, o país testou o que alegou ser um míssil de cruzeiro de longo alcance. E, no início desta semana, anunciou o lançamento de um dispositivo hipersônico, que segundo o exército da Coreia do Sul parecia estar nas primeiras fases de desenvolvimento. 

Na quarta-feira, o dirigente norte-coreano Kim Jong Un chamou de "truque mesquinho" as repetidas ofertas dos Estados Unidos para um diálogo sem condições prévias. Ele acusou o governo do presidente Joe Biden de continuar a "política hostil" dos antecessores.

O ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou à AFP que não tinha condições de confirmar o lançamento mais recente. 

Os mísseis antiaéreos são muito menores que os mísseis balísticos que o Norte está proibido de desenvolver por resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. E são mais difíceis de detectar de longa distância. 

Pyongyang está submetido a múltiplas sanções internacionais por seus programas de armamento, que avançaram rapidamente sob o mandato de Kim, incluindo mísseis capazes de atingir todo o território continental dos Estados Unidos, o teste nuclear mais potente do país até o momento. 

Reunião do Conselho de Segurança

Os testes mais recentes foram condenados pela comunidade internacional. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que criam "maiores perspectivas de instabilidade e insegurança".  

A reunião desta sexta-feira (1) do Conselho de Segurança da ONU sobre a Coreia do Norte, convocada por Estados Unidos, Reino Unido e França, deveria ter acontecido na quinta-feira, mas foi adiada a pedido de Rússia e China, que solicitaram mais tempo para estudar a situação. 

Pequim é o principal aliado de Pyongyang e, em tempos normais, seu maior fornecedor de comércio e ajuda, mas a Coreia do Norte está desde o início do ano passado sob um bloqueio autoimposto, com o fechamento das fronteiras motivado pela pandemia de coronavírus. 

O Norte tem um longo histórico de testes de armas para aumentar a tensão, em um processo cuidadosamente calibrado para tentar avançar em seus objetivos. 

Com as ações mais recentes, Kim procurava "testar o terreno com Washington e seu limite para provocações armamentista", afirmou à AFP Soo Kim, da RAND Corporation.

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, reiterou recentemente os apelos para uma declaração formal do fim da guerra da Coreia - as hostilidades terminaram em 1953 com um armistício, mas não com um tratado de paz.

As negociações entre Pyongyang e Washington estão paralisadas desde o fracasso de uma reunião em Hanói em 2019 entre Kim e o então presidente Donald Trump.

Washington e Seul são aliados na área de segurança. O governo dos Estados Unidos mantém 28.500 soldados no Sul para proteger o país de seu vizinho.

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