Coreia do Sul extradita cidadão russo aos EUA por propagação de ransomware
A acusação afirma que Ptitsyn começou a oferecer acesso ao Phobos em novembro de 2020 para "afilhados"
Um cidadão russo foi extraditado da Coreia do Sul para os Estados Unidos por acusações relacionadas à propagação de ransomware – um tipo de ciberataque que bloqueia o acesso a dados em troca de um resgate –, no caso, dirigido a escolas, hospitais e outras instituições, informou nesta segunda-feira (18) o Departamento de Justiça americano.
Evgenii Ptitsyn, de 42 anos, supostamente cobrou extorsões no valor de 16 milhões de dólares (R$ 92,1 milhões na cotação atual) usando um programa malicioso conhecido como Phobos, acrescentou o órgão.
"Ptitsyn e seus cúmplices lideravam o grupo de ransomware Phobos, cujos membros realizaram ataques contra mais de 1.000 vítimas de caráter público e privado nos Estados Unidos e no resto do mundo", disse Nicole Argentieri, uma funcionária do Departamento de Justiça, em comunicado.
"Ptitsyn e seus cúmplices hackearam não apenas grandes corporações, mas também escolas, hospitais e organizações sem fins lucrativos", explicou a responsável.
A acusação afirma que Ptitsyn começou a oferecer acesso ao Phobos em novembro de 2020 para "afilhados", permitindo que eles criptografassem os dados das vítimas e exigissem pagamentos extorsivos em troca das chaves para liberar os arquivos.
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Ptitsyn, que é acusado de fraude eletrônica e conspiração para cometer fraude informática, causando dano intencional a equipamentos de informática e extorsão, pode ser condenado a décadas de prisão.