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carnaval 2023

Coren-PE lança campanha de desestímulo ao uso das fantasias de enfermeira no Carnaval

Conselho entende que a fantasia busca erotizar a profissional

Campanha do Coren-PE para desestimular o uso de fantasias de enfermeirasCampanha do Coren-PE para desestimular o uso de fantasias de enfermeiras - Foto: Divulgação / Coren-PE

O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) lança campanha para conscientizar os foliões sobre o uso de fantasias carnavalescas alusivas aos enfermeiros(as). Com o mote “Enfermeira não é brincadeira", o foco é combater vestimentas que possam reforçar o machismo e incentivar o assédio em uma profissão na qual 86% da força de trabalho é feminina

A ação acontece por meio das redes sociais oficiais do Coren-PE com a publicação de cards que explicam como o uso dessas fantasias carnavalescas pode promover visões errôneas sobre o trabalho dos profissionais, em especial aqueles do sexo femenino.

A campanha tem o objetivo de enfrentar os estigmas, cuidar da mulher, coibir assédio e estimular mulheres das mais variadas categorias profissionais à sororidade, em defesa de profissionais de enfermagem que estão constantemente expostas aos mais diversos tipos de assédio, ressaltou o presidente do Coren-PE, Gilmar Júnior.

Segundo o Coren-PE, as fantasias de enfermeiras e técnicas de enfermagem costumam ser associadas com a erotização dessas profissionais. A instituição considera o estímulo ao uso desse tipo de vestimenta no Carnaval um empecilho na luta da categoria por respeito e reconhecimento.

A enfermagem é uma profissão que exige anos de estudo e aperfeiçoamento em qualquer grau de escolaridade. A replicação da fantasia de enfermeira ou técnica de enfermagem é um claro exemplo do machismo estrutural enraizado na cultura desse país, que tenta impor o trabalho da mulher a contextos nada verossímil ao da realidade: mulheres cujo cuidado está pautado na técnica e na ciência, diz Gilmar Júnior.

O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco lembra que nos últimos anos vários grupos sociais, a exemplo de indígenas, pessoas pretas e LGBTQ+, promoveram campanhas de conscientização para desestimular fantasias carnavalescas que reverberam preconceitos.

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