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OPOSIÇÃO

Corina Machado descarta retorno imediato de González Urrutia à Venezuela por falta de ''condições''

Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta diante do Parlamento para um terceiro mandato consecutivo (2025-2031)

María Corina Machado, ao lado de GonzalézMaría Corina Machado, ao lado de Gonzaléz - Foto: Federico Parra/AFP

A líder opositora María Corina Machado descartou, nesta sexta-feira (10), um retorno imediato à Venezuela do exilado Edmundo González Urrutia, que reivindica vitória sobre Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, alegando falta de "condições".

O opositor, que se encontra na República Dominicana na última etapa de um giro por vários países da América Latina e pelos Estados Unidos, havia assegurado que estaria nesta sexta em Caracas para tomar posse como presidente.

González Urrutia "virá à Venezuela para tomar posse como presidente constitucional da Venezuela no momento certo, quando as condições forem adequadas", disse Corina Machado em um vídeo divulgado nas redes sociais.

"Não é conveniente que Edmundo entre no dia de hoje na Venezuela, pedi que ele não o faça porque sua integridade é fundamental para a derrota final do regime e a transição para a democracia", acrescentou.

Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta diante do Parlamento para um terceiro mandato consecutivo (2025-2031), o que foi qualificado como um "golpe de Estado" pela principal coalizão de partidos políticos opositores, a Plataforma Unitária, que denuncia fraude nas eleições de 28 de julho.

Segundo Corina Machado, com sua posse, "Maduro consolida um golpe de Estado contra os venezuelanos e contra o mundo". "Decidiram atravessar a linha vermelha que oficializa a violação da Constituição Nacional", insistiu.

"Não colocou [a faixa presidencial] no peito, colocou no tornozelo como uma algema que a cada dia apertará mais", afirmou.

A reeleição do governante de esquerda não é reconhecida pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por vários países da América Latina.

Na quinta-feira, após um protesto em Caracas, a oposição denunciou que Corina Machado foi detida e posteriormente liberada, acusação que o governo Maduro negou categoricamente.

A líder opositora disse que o incidente, no qual afirmou que um motociclista que a transportava ficou ferido, demonstra divisões no chavismo: "Sua atuação errática é mais uma demonstração de como eles estão divididos internamente."

"Eu estou bem agora, embora tenha fortes dores e contusões em algumas partes do meu corpo", afirmou María Corina Machado.

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