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Coronavírus

Bares e restaurantes têm movimento tranquilo neste domingo

Este é o primeiro fim de semana após reabertura de estabelecimentos alimentícios no Recife e Região Metropolitana

Estabelecimentos alimentícios adotam novos protocolos de higienização e distanciamento socialEstabelecimentos alimentícios adotam novos protocolos de higienização e distanciamento social - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

No primeiro fim de semana após a reabertura de estabelecimentos alimentícios para consumo interno no Recife e Região Metropolitana o movimento nestes locais foi tranquilo. Restaurantes, bares, lanchonetes, cafeterias, padarias precisam cumprir novos protocolos, como o limite de atendimento presencial a até 50% da capacidade de lotação, o encerramento das atividades às 20h e o distanciamento entre as mesas de grupos de clientes diferentes. Além destes espaços, parte da população aproveitou o domingo (26) para ir a praias e parques para ter alguns momentos de lazer. Teve quem tirou a manhã para se exercitar, tomar banho de mar ou apenas caminhar na areia.

No bares e restaurante por onde a reportagem passou as normas estabelecidas pelos decretos estaduais estavam sendo cumpridas. No restaurante Entre Amigos Praia, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, nenhuma irregularidade foi identificada. O local pode servir como um bom exemplo a ser seguido. Segundo o gerente do estabelecimento, João Paulo Macedo, a capacidade de atendimento foi reduzida pela metade e todas as mesas estão a uma distância de aproximadamente um metro e meio uma das outras. Além disso, em diversos pontos estratégicos há recipientes com álcool para higienização. Além de máscaras, todos os funcionários utilizam protetor facial de acrílico.

"Os utensílios, como pratos, talheres e copos, são constantemente esterilizados, assim como as mesas. Adotamos o uso de placas para sinalizar quando a mesa já foi higienizada e está liberada para uso e quando ela ainda vai passar por limpeza. Nosso objetivo é deixar o ambiente mais limpo e seguro para os clientes para que sintam-se à vontade para frequentar o restaurante", comentou o gerente. O estabelecimento que tinha capacidade para quase 400 pessoas hoje recebe 150. Com um movimento ainda tímido, a expectativa é que aos poucos a clientela aumente. "É só uma questão de tempo até todos se acostumarem de vez", disse Macedo.

O casal de namorados Sabrina dos Santos e Gustavo Fagundes, ambos de 35 anos, aprovaram os protocolos adotados pelo restaurante. Moradores do Rio de Janeiro, os dois vieram a Recife por conta do aniversário de um parente. Eles contam que, diferentemente da cidade ondem moram, na capital pernambucana se sentiram mais seguros para ir a restaurantes. "Lá as pessoas não respeitam as medidas de prevenção. Aqui os espaços que fomos até agora se mostraram preparados para receber os clientes adequadamente", disse a dentista. "As pessoas parecem estar um pouco mais conscientes. Não vimos aglomerações", acrescentou o médico veterinário.

Com a retomada gradual das atividades e liberação para uso dos espaços públicos, as opções de lazer aumentaram. No entanto, ainda tem quem insiste em desrespeitar as regras de combate ao coronavírus. Na orla do Recife era grande a quantidade de pessoas sem máscara, seja na faixa de areia ou no calçadão, mesmo sem praticar atividade física. Teve até quem levou à praia cadeiras portáteis, o que está proibido. Em uma das quadras da orla, mesmo com uma placa da Prefeitura indicado que o espaço estava fechado temporariamente, havia três pessoas jogando basquete. Neste domingo, equipes da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da Capital circularam nas praias para orientar a população.

A fisioterapeuta Jackeline Siqueira, 34, reservou a manhã para caminhar na praia com a família. Ela estava acompanhada do marido, o fisioterapeuta Fábio Siqueira, 37, da filha, Maria Carolina, 2, e da sogra, Maria José, 75. Usando máscaras e mantendo o distaciamento social eles se mostram preocupados com a falta de empatia por parte de algumas pessoas. "A retomada é importante, pois passamos muito tempo em quarentena. É importante encontrar um meio termo, mas enquanto a vacina não chega precisamos manter os cuidados", disse Fábio. "Falta conscientização. Talvez alguns não perceberam a gravidade da doença. Cada um tem que fazer a sua parte", acrescentou Jackeline.

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