Polícia detalha agressões em bebê de 1 ano que morreu na UPA de Paulista após maus-tratos da mãe
A mulher pode ser condenada a uma pena de 12 a 30 anos de reclusão
Uma mulher suspeita de ter matado seu próprio filho, um bebê de um ano e dez meses, no último domingo (26), foi presa nesta quinta-feira (2) em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, um laudo necroscópico atribuiu a causa da morte da criança à “síndrome da criança espancada”.
A operação, conduzida pela Delegacia de Homicídios de Paulista, resultou na expedição de um mandado de prisão, expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Paulista, onde o crime aconteceu. A mulher responderá pelo crime de homicídio qualificado pelo emprego de tortura. A mulher pode ser condenada a uma pena de 12 a 30 anos de reclusão.
“A mulher tem três filhos, um de três é um de cinco anos. A criança se recusou a comer na hora do almoço e despertou a ira da mulher. Ela tentou colocar o bebê para dormir e ele resistiu. Então, a mãe deu quatro tapas fortes na criança e a pegou pelo cabelo, batendo a cabeça do bebê na parede. O laudo atestou, depois, que houve trauma cranioencefálico” explica o delegado Augusto Cunha, responsável pela condução das investigações.
A criança foi socorrida a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas a vítima faleceu e a polícia foi acionada.
A investigação ouviu vizinhos da mulher e o filho mais velho, com o apoio do DPCA (Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente). Depois do resultado dos laudos periciais, que apontaram um histórico de lesões no corpo do bebê, a Polícia Civil realizou a prisão da mulher. Segundo a investigação, o pai da criança morta está preso por roubo de moto desde 2022.
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Após o crime, os irmãos da vítima foram para a casa da avó materna; a Polícia Civil diz que o Conselho Tutelar de Paulista acompanhará a situação das crianças. As outras crianças não foram vítimas de espancamentos, diz a investigação.
“É um crime que causa perplexidade, comoção e repulsa. É uma crueldade sem tamanho, trata-se de um ser indefeso, filho biológico da pessoa suspeita de ter cometido essa atrocidade”, diz o delegado Darlison Macedo.
O delegado ressalta, ainda, a importância das denúncias relacionadas a casos de violência direcionada a crianças e vulneráveis. A polícia indica que as denúncias podem ser feitas em contato com a DCPA, 31843579, disk 100 ou o 190 em situações de flagrante.