Portugal volta a apertar restrições para evitar nova onda
Nas últimas semanas, países da Europa identificaram o surgimento de novos focos da Covid-19
Para evitar que a transmissão do novo coronavírus volte a crescer, Portugal deu um passo atrás em sua retomada das atividades. Em Lisboa, o limite para reuniões de pessoas foi novamente reduzido para no máximo 10. No resto do país, continua valendo a regra mais leve, que permite reuniões de 20 pessoas. Além disso, lojas, cafés e bares terão que fechar às 20h em toda a região metropolitana da capital portuguesa.
Segundo o primeiro-ministro, António Costa, o objetivo da medida, que começou a valer a partir da meia-noite desta segunda-feira (22), é coibir festas e outras aglomerações que colocam em risco a saúde pública. No último mês, o país registrou 9.221 novos casos da doença, a maioria deles em Lisboa e no vale do Tejo. O primeiro-ministro também afirmou que o governo tomará outras medidas pontuais em regiões específicas nas quais a incidência do contágio do novo coronavírus é maior. Entre elas, fortalecer a coordenação entre governos locais e o Ministério da Saúde para que notificações sobre a epidemia sejam mais rápidas.
Nas últimas semanas, o surgimento de novos focos da Covid-19 em países europeus tem levado os governos a reimplantarem algumas das restrições que haviam ser retiradas. Na Alemanha e na Grécia, por exemplo, houve reintrodução de quarentenas em regiões ou edifícios específicos. A Bélgica fechou de novo algumas escolas, enquanto a Espanha acompanha de perto algumas dezenas de novos focos.
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Maria van Kerkhove, líder técnica da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse, nesta segunda (22), que a organização tem acompanhado o surgimento de novos focos do novo coronavírus, principalmente em lugares fechados, como dormitórios e indústrias. Segundo ela, a volta de restrições e o aumento da vigilância são indicados para evitar um crescimento do contágio.
"Sempre que tiver uma chance, o vírus vai se espalhar. Os países devem ser capazes de isolá-los para que focos não virem surtos, e surtos não virem transmissão comunitária", disse van Kerkhove.