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Corpo de Sebastián Piñera estava a 28 metros de profundidade e 'sem cinto', diz bombeiros

Condições climáticas favoráveis permitiram que equipe concluísse operação de recuperação dos restos mortais do ex-presidente chileno em cerca de 10 minutos

Sebastián Piñera, ex-presidente do ChileSebastián Piñera, ex-presidente do Chile - Foto: Claudio Reyes/AFP

O corpo do ex-presidente do Chile Sebatián Piñera, morto na última terça-feira (6) em um acidente aéreo, estava a 28 metros de profundidade no fundo do Lago Ranco, na região de Los Ríos, "sem cinto e na lateral do helicóptero", segundo o que relatou o bombeiro Ricardo González, que participou da missão de resgate, em entrevista ao jornal chileno La Tercera.

O papel de González, segundo a publicação chilena, foi fundamental para o resgate dos restos mortais de Piñera. O bombeiro teria sido o responsável pela extração do corpo, em uma manobra que durou cerca de dez minutos.

— A extração não foi complexa, pois as condições climáticas, de temperatura, de água, de vento, de profundidade e levantamento eram favoráveis ao mergulho livre — comentou o bombeiro, descrevendo também as circunstâncias em que encontrou o corpo do ex-presidente. — Ele estava solto, sem cinto, na lateral do helicóptero, a 28 metros de profundidade.

O Corpo de Bombeiros de Lago Ranco foi notificado do acidente aéreo pouco antes das 15h de terça-feira, concluindo o resgate do corpo do ex-presidente menos de 40 minutos depois do registro da ocorrência. Outras três pessoas estavam no helicóptero, mas escaparam com vida após serem ordenados por Piñera a saltar da aeronave — de acordo com a irmã do político chileno, Magdalena, ele disse que não pularia junto para que o helicóptero não caísse sobre os três.

— Quando chegamos ao local, testemunhas e familiares nos disseram novamente que quem estava preso [no helicóptero] era ele, o ex-presidente. Eles ficaram em terra e dois mergulhadores estavam no barco — disse González ao La Tercera, descrevendo a operação. — Enquanto eu mergulhava, o outro mergulhador permaneceu na superfície. Éramos três bombeiros no total e também havia gente da Marinha. Com eles, com o seu barco e graças ao seu ecobatímetro, foi possível estabelecer a profundidade, saber a profundidade em que se encontrava e com GPS foi marcada a zona exata onde se encontrava no lago.

O corpo sem vida de Piñera foi levado à terra firme e posteriormente entregue ao Serviço Médico Legal (SML) de Valdívia, onde passou por uma autópsia. A causa da morte foi determinada como “asfixia por submersão”.

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