Corpo do atirador que matou 18 pessoas nos EUA foi encontrado em caçamba com duas armas
Informação foi concedida durante entrevista coletiva com o chefe de segurança do Departamento de Polícia do Maine; corpo do suspeito foi encontrado nesta sexta-feira, em Lisbon
O Departamento de Polícia do Maine informou, em entrevista coletiva neste sábado, que o corpo do atirador foi encontrado em um trailer destrancado com duas armas. O homem de 40 anos, que matou 18 pessoas e feriu outras 13, em Lewiston, foi encontrado morto nesta sexta-feira com um aparente ferimento de bala autoinfligido na cabeça em uma área florestal na cidade vizinha de Lisbon, encerrando a intensa busca de dois dias. Além das duas armas com o suspeito, a polícia encontrou uma "arma longa" no carro usado pelo suspeito, embora os investigadores ainda não consigam confirmar se o artefato esteva ligado aos ataques de quarta-feira à noite.
— Uma [arma] no carro e duas no seu corpo — disse o chefe de segurança pública, Michael Sauschuck, em resposta aos repórteres.
O corpo do suspeito, encontrado por volta de 19h45 locais (18h45 no horário de Brasília), estava em uma caçamba em um terreno anexo da Corporação de Reciclados do Maine, em Lisbon. Sauschuck disse que o local já havia sido vasculhado duas vezes pela polícia e só chegaram ao local exato graças ao proprietário, que perguntou se eles haviam procudado naquela área. Os investigadores também aguardam a autópsia para mais detalhes, como o dia exato em que ele morreu, mas adiantam que o homem foi encontrado com a roupa que estava usando no momento do ataque.
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O chefe de segurança voltou a falar nas notas encontradas durante o cumprimento de um mandado de busca. O documento não foi lido na íntegra durante a entrevista, mas o policial confirmou que, apesar de não haver conteúdo explícito sobre suicídio, as instruções deixadas pelo atirador a algum possível familiar, como o número da sua conta no banco e acesso ao seu celular, levantavam suspeitas.
Sobre a motivação, Sauschuck afirmou que é evidente que há um “componente de saúde mental neste caso”. O suspeito ficou internado em um centro psiquiátrico durante duas semanas, no verão passado (do Hemisfério norte, inverno no Brasil), e dizia “ouvir vozes”. O policial afirmou que ainda não descobriram se o homem foi forçado ou não à internação — a lei americana faz uma distinção entre internação compulsória e voluntária — e que, caso tenha sido voluntariamente, a verificação dos seus antecedentes não indicaria proibição.