Corpo é achado ao lado de bilhete relacionado a chacina no Paraguai
Ao lado de um corpo, baleado na cabeça, foi encontrado bilhete relacionando o crime à chacina que deixou quatro pessoas mortas no último dia 10 de outubro
A polícia paraguaia encontrou um cadáver na noite de sábado (16) na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
Ao lado do corpo, baleado na cabeça, foi encontrado um bilhete relacionando o crime à chacina que deixou quatro pessoas mortas naquela cidade no dia 10, incluindo duas estudantes de medicina brasileiras.
A carta, fotografada pela Radio Futura FM 97.5 do Paraguai, diz: "Matei 3 meninas inocentes, fique de exemplo pjc". Até a noite deste sábado (16), o homem ainda não havia sido identificado.
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O alvo do crime de sábado era Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, conhecido como Bebeto. Mais três mulheres foram mortas na mesma ocasião: Hayllee Carolina Acevedo Yunis, filha do governador do estado paraguaio de Amambay, e as brasileiras Rhannya Jamilly Borges de Oliveira e Kalline Reinoso de Oliveira, todas estudantes de medicina.
Inicialmente, a polícia suspeitava que a chacina tivesse sido cometida a mando do PCC. Segundo essa linha de investigação, Grance era alvo da facção criminosa por ser suspeito de ter delatado criminosos da facção que acabaram presos.
Sete pessoas suspeitas de envolvimento com esse crime foram presas, entre os quais seis brasileiros.
No dia 14, porém, a polícia paraguaia fez uma operação dentro da penitenciária de Pedro Juan Caballero para investigar a suspeita de que um narcotraficante paraguaio seja o mandante da chacina. Durante a vistoria policial, Faustino Ramón Aguayo Cabanas estava uma cela VIP com sua namorada, que é parente de um político local da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.
Uma onda de violência na fronteira do Brasil com o Paraguai impôs uma rotina de medo e fez com que autoridades dos dois países se mexessem para tentar combater a ação do narcotráfico na região.
Os casos ainda são investigados e as polícias paraguaia e brasileira fecharam um acordo para operações conjuntas, bloqueios nas vias e compartilhamento de informações com objetivo de coibir a ação dos grupos criminos