Covid-19: 82% dos indígenas receberam 1ª dose, diz Ministério da Saúde
Segunda dose da vacina foi aplicada em 71% dos indígenas
Até o momento, 82% dos indígenas atendidos pela Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai) receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Já a segunda dose do imunizante foi aplicada em 71% desse público.
O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Ministério. Segundo a pasta, a Sesai é responsável por atender com serviços de saúde 755 mil indígenas de mais de seis mil aldeias. Do orçamento de R$ 1,5 bilhão da Sesai, R$ 76 milhões foram gastos no combate à pandemia.
Leia também
• Supremo começa a julgar ação sobre demarcação de terras indígenas
• Documento na CPI da Covid aponta troca de vacinas por ouro em terras indígenas
• Câmara aprova MP que estabelece barreiras sanitárias para proteger áreas indígenas contra Covid
Conforme o comunicado, o órgão fez 20 missões interministeriais em aldeias, que resultaram em 60 mil atendimentos. De acordo com o Ministério da Saúde, foram disponibilizados 6,6 milhões de insumos, entre testes para a Covid-19, medicamentos e equipamentos de proteção individual (EPIs).
Decisão do STF
Em julho do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso deu decisão determinando que o governo federal adotasse medidas mais efetivas para proteger os indígenas e que desenvolvesse um Plano de Enfrentamento da Covid-19 para os Povos Indígenas Brasileiros, a ser elaborado com a participação das comunidades e do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
O ministro determinou que as ações de saúde indígena também atendessem às demandas de indígenas não aldeados. Contudo, no balanço da Secretaria o órgão afirma que a responsabilidade é de estados e municípios.
“Em relação aos indígenas que vivem no contexto urbano, conforme legislação vigente, cabe aos estados e municípios o atendimento dessas pessoas. Atualmente, mais de 180 mil indígenas que vivem em contexto urbano, e que estão sob responsabilidade dos demais entes da federação, já estão cadastrados no Programa Previne Brasil”, diz o texto.