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Pandemia

Covid-19 nas Américas: número de casos diminui e o de mortos aumenta

Segundo a OMS, na primeira semana de fevereiro foram registrados mais de 4,8 milhões de novos casos e mais de 33 mil novas mortes no continente americano

Mortes por Covid-19 na América LatinaMortes por Covid-19 na América Latina - Foto: Emiliano Lasalvia/AFP

As novas infecções pelo novo coronavírus diminuíram na última semana em vários países das Américas, mas permanecem "muito altas", e as mortes aumentaram, particularmente em partes das Américas Central e do Sul, informou nesta quarta-feira (9) a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que a primeira semana de fevereiro foram registrados mais de 4,8 milhões de novos casos e mais de 33 mil novas mortes no continente americano.

Isso representa uma redução de 31% dos casos e um aumento de 13% das mortes em relação à última semana de janeiro.

Na América do Norte, os novos casos e mortes diminuíram nos três países (Estados Unidos, Canadá e México), mas as hospitalizações só diminuíram nos dois primeiros.

Já na América Central, os casos novos caíram em toda a sub-egião, mas as mortes subiram quase 30%. A queda dos casos foi pronunciada em El Salvador 70% e em Belize e Panamá, em mais de um terço.

A Opas também destacou uma desaceleração das infecções na América Sul, com reduções pela metade na Argentina e Peru. Além disso, observou-se um aumento das internações na maioria dos países do Cone Sul, com um crescimento de 50% no Chile.

No Caribe também foram reportados menos casos novos e mais mortos, exceto em alguns países. Em Dominica, as infeccões aumentaram 88%.

A diretora da Opas, Carissa Etienne, destacou que a vacinação anticovid está reduzindo os casos de doença grave e de mortes. "Uma tendência se destaca: os países com maior cobertura de vacinação estão vendo menos internações e mortes nas unidades de cuidados intensivos", afirmou em coletiva de imprensa. "Isso enfatiza a importância de ampliar o acesso às vacinas, incluindo as doses de reforço", apontou.

Segundo dados da Opas, uma em cada quatro pessoas nas Américas não recebeu nenhuma dose da vacinação anticovid-19.

Incerteza

A diminuição do número de casos sugere a aproximação do fim da pandemia? "A principal característica desta pandemia continua sendo a incerteza sobre a sua evolução, o que exige uma certa cautela. Novas variantes preocupantes podem surgir e alterar completamente o perfil epidemiológico da Covid-19", alertou Carissa. 

"Provavelmente estamos no declive de uma onda global causada pela Ômicron", indicou o gerente de incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri. "Se surgirem variantes adicionais, não podemos antecipar se as mesmas seriam mais ou menos graves e transmissíveis, e esta é uma incerteza com a qual temos que lidar", acrescentou. 

Carissa Etienne enfatizou que, embora o vírus que causa a Covid possa, "eventualmente", tornar-se endêmico, "isso pode levar alguns anos". “Infelizmente, esperamos ver novas epidemias ou grandes surtos, inclusive em áreas com alta cobertura de vacinação, especialmente onde as medidas de saúde pública e distanciamento social forem relaxadas”, advertiu.

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