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SAÚDE

Paciente de 60 anos testa positivo para Covid-19 há 471 dias; entenda

Tratando de um linfoma, o homem tem pelo menos três variantes no corpo sofrendo mutações de forma rápida. Pesquisadores acreditam que ele pode ser um 'vetor de transmissão'

Teste de CovidTeste de Covid - Foto: Pixabay

Um homem, de 60 anos, cuja identidade não foi revelada, está há mais de 470 dias testando positivo para a Covid-19 – o equivalente a um ano e três meses. Pesquisadores da Universidade de Yale, uma das mais conceituadas nos Estados Unidos, afirmam que ele é o paciente que mantém o vírus vivo no corpo pelo maior tempo no mundo.

A situação é diferente da chamada Covid longa, pois nesse caso, o paciente tem alguns sintomas, mas não possui o vírus circulando no sistema. Os cientistas afirmam que há pelo menos três variantes atuando no corpo do paciente neste momento e acreditam que o vírus sofra mutações.

As mudanças no genoma estão acontecendo duas vezes mais rápido do que o normal, o que faz o paciente se transformar em um provável vetor de transmissão dessas novas cepas.

O homem faz parte do grupo de risco do coronavírus, uma vez que ele é imunocomprometido, ou seja, indivíduo cujo sistema imune é mais fragilizado, tem maior probabilidade de desenvolver formais mais graves da doença e está sendo tratado para linfoma, um tipo de câncer no sistema linfático.



Desde o início da pandemia, há relatos de pessoas que, uma vez contaminadas, ficam meses com o coronavírus circulando no corpo, entretanto, segundo os cientistas, nunca haviam ficado por tanto tempo.

“Essa infecção crônica resulta em uma evolução e divergência acelerada do Sars-CoV-2, um mecanismo que pode potencialmente contribuir para o surgimento de variantes geneticamente diversas”, escreveram os cientistas no artigo.

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