Covid-19: Pernambuco, mais sete estados e DF têm ocupação 'crítica' de leitos de UTI, mostra Fiocruz
Levantamento indica que situação se agravou em mais estados do Nordeste e Centro-Oeste, onde taxas de vacinação são mais baixas
Levantamento do Observatório Covid-19 Fiocruz mostra que nove unidades federativas estão em com a ocupação de leitos de UTI para Covid em situação crítica, com 80% ou mais das vagas preenchidas. O número, referente a 7 de fevereiro, é semelhante ao da semana anterior, embora com estados diferentes.
Tocantins (81%) entra na lista e se junta a Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%). No dia 31 de janeiro, o Amazonas estava na mesma situação, mas ampliou ampliação o número de leitos disponíveis e agora está com taxa inferior a 60%.
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Outros 11 estados estão na zona de alerta intermediário, segundo o levantamento, com taxas iguais ou superiores a 60%: Rondônia (69%), Acre (67%) e Sergipe (75%), entram em alerta, juntando-se ao Pará (79%), Amapá (63%), Ceará (73%), Alagoas (69%), Bahia (73%), São Paulo (71%), Paraná (73%) e Santa Catarina (74%), que já estavam nesta situação. O Rio de Janeiro está com 59% de ocupação de leitos UTI-Covid.
Para os pesquisadores do Observatório Covid-19, “a persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo chama a atenção. Especula-se associação do quadro à movimentação induzida pelo turismo durante o verão, no Nordeste”, enquanto Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo seguem com tendência de queda do indicador.
A preocupação apresentada pelos pesquisadores é com o espalhamento da Ômicron "em áreas com baixa cobertura vacinal e recursos assistenciais precários, o que pode propiciar elevação do número de óbitos”.
“Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves”, afirmam.
Entre as capitais, 15 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (taxa não divulgada, mas estimada superior a 83%), Fortaleza (85%), Natal (percentual estimado de 81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%, Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).
Cinco estão na zona de alerta intermediário: Macapá (74%), Recife (77%, considerando somente leitos públicos municipais), Salvador (72%), São Paulo (72%) e Curitiba (76%). Cinco estão fora da zona de alerta: Manaus (58%), Boa Vista (56%), São Luís (55%), Florianópolis (68%) e Porto Alegre (56%). Belém e Aracaju não têm disponibilizado as suas taxas.