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Operação

Covid-19: PF investiga desvio de medicamentos para intubação no Amapá

Foram cumpridos hoje quatro mandados de busca e apreensão em Macapá

De acordo com a PF, cerca de 20 policiais federais participaram da operação, que teve apoio do Ministério Público FederalDe acordo com a PF, cerca de 20 policiais federais participaram da operação, que teve apoio do Ministério Público Federal - Foto: Divulgação / PF

A Polícia Federal (PF) cumpriu hoje (7) quatro mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e residências em Macapá (AP), como parte da Operação Anestesia. A operação apura denúncias de desvio de medicamentos do chamado kit intubação, como sedativos e bloqueadores neuromusculares, destinados a sedação de pacientes internados em situação grave com covid-19.

Os medicamentos foram enviados pelo Ministério da Saúde ao estado.  De acordo com a PF, cerca de 20 policiais federais participaram da operação, que teve apoio do Ministério Público Federal.

Entre os locais, os policiais realizaram busca de dados e documentos relativos à entrada e à saída dos medicamentos da Central de Abastecimento Farmacêutico do Amapá (CAF), vinculada à Secretaria de Saúde do Estadual, para o Hospital Universitário (HU) de Macapá, maior centro de referência na internação de pacientes com covid-19 no estado.

A investigação, que teve início a partir de denúncias, apontou indícios de que medicamentos sob a responsabilidade da CAF estariam sendo enviados sem as formalidades legais, em possível desvio.

De acordo com a polícia, apesar da central de abastecimento ter registrado o envio dos medicamentos disponibilizados pelo ministério, os fármacos estavam em falta no HU.

“Identificou-se também que particulares, possivelmente atendendo a indicações de pessoas do HU, estariam procurando farmácias especializadas na capital para comprar os medicamentos sedativos, para tratamento de familiares/pacientes internados em UTIs”, disse a PF.

A PF identificou indícios de peculato e organização criminosa, que em caso de comprovação, podem resultar em penas de até 20 anos de reclusão.

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