covid-19

Covid-19 se mantém no topo das internações por problemas respiratórios

Entre crianças, porém, o vírus sincicial tem maior prevalência

Leito de UTI em PernambucoLeito de UTI em Pernambuco - Foto: Hélia Scheppa/SEI

O SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, se mantém como o principal causador de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) no país, segundo o boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre as crianças, porém, o vírus sincicial respiratório (VSR) tem maior prevalência.

O boletim mostra que, nas últimas quatro semanas, 77,8% das internações por síndromes respiratórias em que houve teste positivo para um vírus foram causadas pelo SARS-CoV-2. Entre a população em geral, o VSR responde por 12,6% dos casos, mas, entre as crianças, chega a 59%.

O predomínio do SARS-CoV-2 é ainda maior nas mortes por SRAG: entre os casos causados por vírus respiratórios, 96,6% estão associados à Covid-19.

Vacinação
O cenário faz com que o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, reforce o apelo para que a população busque completar o esquema de vacinação contra a Covid-19, com as duas doses de reforço.

A Covid-19 continua sendo o principal motivo de internação por problemas respiratórios na população adolescente e adulta de nosso país. É isso que os dados de notificação têm nos mostrado. Dado esse cenário, é fundamental que a população esteja em dia com a vacinação contra a Covid-19. A vacina é nosso principal mecanismo para proteger a nossa saúde e a nossa vida contra a Covid-19, afirma.

Gomes lembra ainda que as crianças também devem ser vacinadas e lamenta que apenas cerca de 39% da população infantil, de 3 a 11 anos, finalizou o esquema vacinal contra a doença no país.

"Nós chama atenção que, infelizmente, atualmente um percentual importante da população tem se mostrado em dúvida se vale a pena ou não vacinar principalmente as crianças e adolescentes", avalia o pesquisador, que cita um estudo que indicou que a Covid-19 causou a morte de duas crianças de até 5 anos por dia no Brasil em 2020 e 2021.

Desde 12 de dezembro, a média móvel de mortes de pessoas de todas as idades por Covid-19 voltou a ultrapassar 100 vítimas por dia, o que não acontecia desde agosto, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fiocruz. Somente ontem (11), quase um mês depois, a média de mortes diárias caiu abaixo de 100, chegando a 96. 

A pandemia de Covid-19 já provocou a morte de 695.088 pessoas no Brasil, o segundo maior número de vítimas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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