Craniotomia: entenda a cirurgia que o presidente Lula fez
Procedimento alivia pressão no cérebro quando há formação de coágulo
Após o presidente Lula (PT) passar por uma craniotomia, na madrugada desta terça-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o assunto ganhou força nas redes sociais. Na web, os internautas despertaram curiosidade sobre o assunto, querendo saber de que se trata o procedimento.
Craniotomia é o nome dado ao método cirúrgico de abertura do crânio para que as cavidades cranianas possam ser acessadas, a fim de conter uma hemorragia no local, para a redução da pressão. A intervenção também é indicada em casos de tumores cerebrais, infecções, lesões cerebrais traumáticas e hematomas subdurais.
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Segundo o neurocirurgião Cláudio Falcão, do Hospital Jayme da Fonte, a craniotomia não causa sequelas. Elas podem ser causadas se o paciente tiver outras doenças locais que o tenham levado a fazer o procedimento.
"Como toda cirurgia de grande porte, a craniotomia inspira cuidados. Tem que ser feita por um profissional adequado, porque tem todo um modo de ser realizada. Seguindo os devidos protocolos, o acesso à cavidade transcorre sem qualquer problema", comenta ele.
Como é feita a cirurgia?
1 – Anestesia
2 – Incisão para remoção do osso
3 – Acesso ao cérebro
4 – Reposição do osso
E a recuperação?
O processo de reabilitação do paciente requer cuidados. Após o procedimento, ele permanece monitorado em ambiente hospitalar para que haja controle da pressão, manejo da dor. A presença de um neurocirurgião é fundamental para a pronta recuperação.
"Atualmente, a gente dispõe de um arsenal grande, com exames de imagem, de materiais para a realização da cirurgia neurológica que nos permite uma precisão maior para um tempo cirúrgico bem menor. Tudo a favor do paciente e do cirurgião que opera, para minimizar qualquer dano causado pela doença e aumentar as chances de pronta recuperação", concluiu.