Crescente Vermelho Palestino diz que franco-atiradores de Israel abrem fogo contra hospital de Gaza
O atentado ocorreu no hospital Al-Quds; há pelo menos um morto e 20 feridos
O Crescente Vermelho Palestino afirmou nesta sexta-feira (10) que franco-atiradores abriram fogo contra o hospital Al-Quds, na Cidade de Gaza, e que há pelo menos um morto e 20 feridos.
"Confrontos violentos agora e franco-atiradores (israelenses) de ocupação disparam contra o hospital Al-Quds, há vítimas entre os deslocados" palestinos refugiados no hospital, indicou a organização em nota.
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Contatado pela AFP, o Exército israelense disse que "não pode falar de possíveis locais relacionados" com suas operações porque poderia "comprometer as tropas".
A assessoria de imprensa do governo do Hamas indicou que "muitos tanques" israelenses "rondam quatro hospitais da zona".
O Exército israelense afirma há vários dias que suas tropas estão combatendo o Hamas no centro da Cidade de Gaza, norte do território palestino, ainda habitado por centenas de milhares de civis.
Os hospitais Al-Rantissi, Al-Shifa e o indonésio foram atacados durante a noite, segundo autoridades do Hamas.
Imagens da AFPTV mostram corpos envoltos em mantas do lado de fora do hospital de Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, depois que um ataque contra o estabelecimento, que abrigava milhares de deslocados, matou 13 pessoas, segundo o governo do Hamas em Gaza.
Seu diretor, Mohamad Abu Salmiya, atribuiu o ataque ao Exército israelense, que se recusou a comentar o fato.
Na quinta-feira, Israel reportou intensos combates nos arredores do centro médico.
O diretor do hospital Al-Shifa afirmou ainda que recebeu "cerca de 50 corpos após o bombardeio de uma escola na manhã desta sexta-feira" na Cidade de Gaza, abrigo de muitos deslocados.
"Muitos tanques (israelenses) estão estacionados a 200 metros da escola Al-Buraq", afirmou a assessoria de imprensa do governo do Hamas.
As tropas israelenses afirmam que têm como alvo um "distrito militar" adjacente ao Al-Shifa, que descrevem como o "coração" das atividades operacionais e de inteligência do Hamas.
Desde o início da guerra em 7 de outubro, desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas, a ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) têm denunciado ataques aéreos e de artilharia israelenses contra hospitais e ambulâncias.
Israel acusa o Hamas de utilizar os hospitais para lançar ataques e ocultar seus túneis, o que o movimento nega, afirmando que está disposto a receber "uma equipe internacional" de investigação.