TRAGÉDIAS

Crianças e jovens são as principais vítimas de afogamento no Brasil, diz boletim Sobrasa

Boletim analisa, minunciosamente, casos de afogamento no País

Marcelo Camargo/ Agência BrasilMarcelo Camargo/ Agência Brasil - Foto:

O Boletim Sobrasa - Perfil Epidemiológico 2023, que será divulgado na próxima segunda-feira (09), revela que o afogamento é a primeira causa de óbito de 1 a 4 anos, a terceira entre 5 e 9 anos, e a quarta entre 10 e 24. O boletim poderá ser acessado no site da entidade.

O caso que mais chamou atenção nos últimos dias foi o do adolescente José Rafael Rodrigues da Silva, de 14 anos que morreu por afogamento no mar do Pina, Zona Sul do Recife, no último domingo (1º) após desaparecer enquanto brincava de pular onda com amigos e familiares. O corpo dele foi achado na segunda-feira (2), ao meio-dia, pelos Bombeiros, nas proximidades do prédio JCPM Trade Center. A mãe do rapaz, Any Rodrigues, não estava com o filho na hora do desaparecimento.

Homens morrem em média 6,4 vezes mais e 70% das mortes ocorrem em água doce. A cada três dias um turista morre no Brasil e dois brasileiros morrem afogados diariamente ao tentar ajudar, sem conhecimento, outros em perigo. Mais de 90% dessas mortes acontecem por desconhecimento dos riscos, de como prevenir e agir nessas situações.

Esse boletim oferece uma análise minuciosa dos incidentes de afogamento em todo o País, fornecendo estatísticas cruciais sobre grupos etários, sexo, locais e circunstâncias que rodearam estes trágicos acontecimentos.

A Sobrasa categorizou os dados por regiões, esclarecendo tendências específicas de afogamento e disparidades regionais. Esta informação é vital para adaptar estratégias de intervenção para enfrentar os desafios únicos vividos em várias partes do Brasil. O documento inclui uma seção detalhada sobre medidas preventivas, enfatizando a importância da educação sobre segurança hídrica, supervisão e uso adequado de dispositivos de flutuação pessoais. 

Outra questão de destaque levantada no boletim é o papel dos salva-vidas na redução dos riscos de afogamento. A cada 18 salvamentos realizados por guarda-vidas, um necessita de atendimento hospitalar. Isso significa dizer que o principal problema reside nas diversas áreas espelhadas onde não há supervisão profissional, como residências, rios, lagos, cachoeiras e represas, onde o risco estimado de morte por afogamento é 60 vezes maior. Adolescentes têm o maior risco de morte.

A cada dez óbitos de brasileiros por afogamento, nove ocorrem antes de chegar ao hospital. Além disso o documento apresenta os desafios enfrentados na promoção da segurança da água e o fornecimento de recomendações baseadas em evidências levantadas por órgãos internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Veja também

Eleições EUA: Harris tem 50% e Trump 48% em nova pesquisa da Fox News
Estados Unidos

Eleições EUA: Harris tem 50% e Trump 48% em nova pesquisa da Fox News

Advogado diz que González foi vítima de "chantagem" para deixar a Venezuela
González

Advogado diz que González foi vítima de "chantagem" para deixar a Venezuela

Newsletter