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Colômbia

Crianças indígenas perdidas na selva colombiana 'estão vivas', dizem autoridades

Os menores de 13, 9 e 4 anos, além de um bebê de 11 meses, viajavam juntos de sua mãe e de outros dois adultos em um avião que caiu em 1º de maio

Exército da Colômbia mostra Manuel Ranoque (R), pai das quatro crianças desaparecidas, apertando a mão de um membro do Exército colombiano que busca as crianças desaparecidas na floresta amazônica colombiana no município de Solano, departamento de CaquetáExército da Colômbia mostra Manuel Ranoque (R), pai das quatro crianças desaparecidas, apertando a mão de um membro do Exército colombiano que busca as crianças desaparecidas na floresta amazônica colombiana no município de Solano, departamento de Caquetá - Foto: Colombia Army press/Colombian Army /AFP

Autoridades da Colômbia consideram que as quatro crianças indígenas perdidas há quase um mês na Amazônia "estão vivas" e insistem em buscá-las — afirmou, nesta segunda-feira (29), o militar responsável pela operação.

Os menores de 13, 9 e 4 anos, além de um bebê de 11 meses, viajavam juntos de sua mãe e de outros dois adultos em um avião que caiu em 1º de maio na densa floresta do sudeste do país. Diferentemente dos maiores de idade, seus corpos não estavam na aeronave. Socorristas encontraram seus pertences, um abrigo improvisado e uma fruta mordida nos arredores.

"Concluímos que as crianças estão vivas pelas evidências. Se estivessem mortos, certamente seria fácil de encontrá-los, porque estariam quietos, porque os animais nos orientariam para lá", disse à W Radio, o general Pedro Sánchez após uma reunião com os encarregados da Aeronáutica Civil e o estatal Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, encarregado de cuidar dos direitos de menores de idade.

As autoridades rastreiam os menores em uma área de aproximadamente 323 quilômetros quadrados, o equivalente a toda província de Buenos Aires.

"Ainda é muito estranho, porque eles não param, embora tenhamos espalhado mais de 10.000 panfletos" e 100 kits de sobrevivência, acrescentou o general que lidera quase 200 homens, entre indígenas e militares, que percorrem essa zona fronteiriça entre os departamentos de Caquetá e Guaviare (sul).

Sánchez avalia que suas unidades estiveram a 100 metros, ou menos, dos menores, mas as chuvas, a vegetação e o terreno pantanoso dificultam as buscas.

Na terça-feira, 23 de maio, encontraram um par de tênis e uma fralda entre a vegetação.

"Em um determinado momento, tivemos 92 indígenas trabalhando sob nosso comando, e 73 permanecem, devido às condições do terreno, mas essa combinação nos permitiu dobrar as atenções na região, e também trocar conhecimento sobre o complexo e o misterioso, como alguns chamam, da nossa selva", detalhou o militar.

A Força Aérea apoia os socorristas com helicópteros e imagens de satélite, enquanto as comunidades originárias "adiantam processos espirituais que consistem em falar com a selva e pedir que ela fale" para localizar os menores, segundo o governo.

Na região, há onças, pumas, serpentes e outros predadores.

Em 17 de maio, o presidente Gustavo Petro chegou a declarar que as crianças haviam sido encontradas com vida, mas, no dia seguinte, retratou-se e lamentou ter compartilhado uma informação falsa.

Segundo os familiares, o irmão mais velho, do povo huitoto, tem grande habilidade em andar pela selva.

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