Crianças e jovens autistas do Recife apresentam espetáculo de Natal, neste sábado (21)
Grupo faz parte do Instituto Dimitri Andrade, e se apresenta no Auditório do Colégio Salesiano do Recife, localizado no bairro da Boa Vista, Centro da capital
Crianças e jovens autistas do Instituto Dimitri Andrade, do Recife, vão apresentar um espetáculo de Natal, neste sábado (21). O evento acontece no Auditório do Colégio Salesiano do Recife, localizado no bairro da Boa Vista, Centro da capital.
Ao todo, o espetáculo vai ter participação de 15 crianças e jovens neurodivergentes atendidos pelo Instituto, que desenvolveram habilidades de estar em público através de terapias.
“Produzir mais uma edição desse espetáculo teatral é uma realização muito grande, pois tudo que buscamos é a inclusão e é emocionante ver meu filho, Dimitri, interpretando o papel de José. O Instituto está comprometido em mostrar que podemos fazer um lindo espetáculo adaptado às singularidades de cada um", afirmou a psicóloga Frínea Andrade, diretora e fundadora do Instituto Dimitri Andrade.
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Espetáculo
Nesta edição, o enredo do espetáculo é intitulado “Como Estrelas no Céu”, com uma adaptação da história do nascimento de Jesus Cristo, além de uma celebração da inclusão por meio da arte.
Mariah Oliveira, de 15 anos e diagnosticada com transtorno do espectro autista, interpretará o papel de Maria, enquanto Dimitri Andrade, que tem 17 anos e é autista, dará vida ao papel de José.
O evento será, ainda, adaptado para atender às necessidades sensoriais das pessoas neurodivergentes. “Os ajustes incluem volume de som e iluminação adequados, garantindo que o espetáculo não cause desconforto ou desorganização para quem é sensível a esses estímulos”, explica Frínea Andrade.
Inclusão por meio da arte
O evento chega como uma oportunidade de promover inclusão social através da arte. Para isso, no entanto, foi precisa muita preparação.
Os ensaios foram conduzidos por uma equipe multidisciplinar do Instituto Dimitri Andrade, composta por psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, educadores físicos e musicoterapeutas. Eles utilizam a musicalização e as artes como ferramentas terapêuticas para promover o desenvolvimento integral das crianças e jovens.
“A musicalização e as artes são práticas fundamentais na terapia para o desenvolvimento. Elas facilitam a expressão de sentimentos, o controle emocional, a comunicação e a interação social, além de estimular memória, atenção, concentração, motricidade fina e coordenação motora. Através da música, pessoas com autismo encontram uma maneira de se relacionar com o mundo e desenvolver habilidades técnicas, criativas e de percepção”, acrescentou Frínea Andrade.