Lar Paulo de Tarso

Crianças sobreviventes do incêndio no Lar Paulo de Tarso voltam a estudar; duas seguem internadas

Registros do retorno foram publicados nas redes sociais da instituição

Os pequenos, com idades entre 4 e 11 anos, estão na Casa de Acolhimento Margareth da SilvaOs pequenos, com idades entre 4 e 11 anos, estão na Casa de Acolhimento Margareth da Silva - Foto: Reprodução/Redes Sociais

As oito crianças sobreviventes do incêndio no Lar Paulo de Tarso, que ocorreu o último dia 14 de abril, no Recife, retomaram as aulas nessa quarta-feira (3). Outras duas seguem internadas.

Registros do retorno foram publicados nas redes sociais da instituição, cuja sede afetada pelo fogo, no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, permanece fechada para reforma.

"Mais um passo muito importante para a retomada da normalidade na vida dos nossos filhos do coração e na nossa também! A dor jamais abafará o AMOR. Fé inabalável em DEUS", diz a postagem.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Em entrevista à Folha de Pernambuco, Glauce Pedrosa, uma das diretoras do Lar Paulo de Tarso, informou que as crianças estão se adaptando bem ao novo lar.

"Elas estão sendo acompanhadas por psicólogos, estão tranquilas. Estão se adaptando bem. A casa é bem confortável e a escola contribui muito com essa volta a normalidade", afirmou.

Os pequenos, com idades entre 4 e 11 anos, estão na Casa de Acolhimento Margareth da Silva, localizada no bairro do Hipódromo, na Zona Norte, que atualmente abriga 10 crianças.

Do total, oito delas viviam no Lar Paulo de Tarso. As outras duas crianças chegaram recentemente ao local, enviadas pela Justiça.

O novo lar recebeu o nome da cuidadora Margareth da Silva, que trabalhou 10 anos no Lar Paulo de Tarso e foi uma das cinco vítimas fatais do incêndio.

O espaço possui capacidade para acolher até 15 crianças, conta com três quartos, cozinha, sala, área de recreação, lavanderia, e é gerido pela Prefeitura do Recife.

A reforma nas instalações do Lar Paulo de Tarso deve durar de três a quatro meses, segundo informou Glauce Pedrosa. "O projeto é moderno, estruturado e com foco na segurança. A Prefeitura estará à frente, mas o financiamento será em conjunto com empresas e ONGs".

Questionada se ao final das obras as crianças deverão deixar a Casa de Acolhimento Margareth da Silva para retornarem ao Lar Paulo de Tarso, Glauce afirmou que a decisão dependerá do andamento dos processos de cada abrigado.

Vítimas do incêndio no Lar Paulo de Tarso retornam as aulas. Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Essas crianças podem voltar para familiares próximos, caso o juiz conceda guarda, ou podem ir para o processo de adoção. O juiz é quem avalia", disse a diretora.

Sobre as doações recebidas, Glauce informou que a solidariedade da população "foi muito grande". "Materialmente, estamos muito bem, mas toda ajuda é bem-vinda. No momento, são importante boas vibrações para que as duas crianças que permanecem internadas possam melhorar".

As crianças mencionadas por Glauce são duas meninas, que estão no Hospital da Restauração, na área central do Recife. Uma delas continua recebendo cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e a outra está na enfermaria, com quadro de saúde estável.

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