Repatriação

Crianças ucranianas serão repatriadas da Rússia com a mediação do Catar

O mecanismo já permitiu a repatriação de 59 crianças, segundo Moscou

O Embaixador do Catar na Rússia, Sheikh Ahmed bin Nasser Al Thani, e a comissária presidencial da Rússia para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova (invisível), interagem com crianças ucranianas antes de sua partida da Rússia para a UcrâniaO Embaixador do Catar na Rússia, Sheikh Ahmed bin Nasser Al Thani, e a comissária presidencial da Rússia para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova (invisível), interagem com crianças ucranianas antes de sua partida da Rússia para a Ucrânia - Foto: Alexander Nemenov/AFP

Onze crianças ucranianas vão deixar a Rússia na terça-feira (20) para se reunirem com as suas famílias na Ucrânia, em uma nova transferência realizada com a mediação do Catar.

As crianças, com idades entre os 2 e os 16 anos, foram recebidas com os seus familiares nesta segunda-feira (19) na embaixada do Catar em Moscou, confirmaram jornalistas da AFP, e chegarão à Ucrânia na terça-feira via Belarus.

Diplomatas cataris acompanharão as 11 crianças ucranianas, algumas das quais sofrem de doenças crônicas e necessitam de tratamentos médicos específicos.

"Continuaremos mediando entre as duas partes durante o tempo que for necessário, na esperança de que isso possa levar a uma desescalada do conflito", disse Lolwah al Khater, ministra de Estado da Cooperação Internacional, em um comunicado.

O mecanismo já permitiu a repatriação de 59 crianças, segundo Moscou.

A Ucrânia acusa a Rússia de ter "deportado" milhares de crianças para o seu território, de regiões que ocupa na antiga república soviética.

Moscou, por outro lado, afirma que transferiu estas crianças para protegê-las dos combates e que está disposta a devolvê-las aos seus familiares na Ucrânia, se estes pedirem.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão em março contra o presidente russo, Vladimir Putin, e a comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, por suposta "deportação ilegal" de menores.

Mas a Rússia, que não é membro do TPI, insiste que considera esta iniciativa "nula".

Entre as crianças que serão repatriadas está Adelia, uma menina de 13 anos que retornará à casa da tia depois de perder a mãe durante os combates em Mikhailovka, perto de Melitopol, no sudeste da Ucrânia, ocupada pelas forças russas.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter