Criminosos do RJ aplicavam golpes em cartões de crédito de pernambucanos para compras em Miami
Uma funcionária terceirizada do banco na qual as vítimas possuem contas, repassava ao grupo dados de clientes com limites altos de crédito
Quatro pessoas foram presas no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (20), suspeitas de aplicar golpes em cartões de crédito de pernambucanos para realizarem compras de eletrônicos em Miami, nos Estados Unidos.
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), uma funcionária terceirizada do banco na qual as vítimas possuem contas repassava ao grupo dados de clientes com limites altos de crédito.
Com as informações, os criminosos ligavam para as operadoras e bloqueavam os chips das vítimas, deixando-as incomunicáveis. Depois, solicitavam um cartão emergencial em nome dessas pessoas para compras de eletrônicos nos Estados Unidos.
"Inicialmente, cinco pessoas nos procuraram. Depois, conseguimos identificar 10 vítimas aqui de Pernambuco que tiveram o seu cartão utilizado ou que tentaram utilizar nos Estados Unidos. O prejuízo gira em torno de R$ 400 mil", detalhou o delegado Eronides Meneses.
Leia também
• Condutor do Samu surpreendido por criminoso no Grande Recife não quer mais trabalhar na madrugada
• Médico é preso suspeito de abuso sexual contra três pacientes em policlínica no Recife
• Prefeito do Recife diz ser "mais fácil" cuidar de barreiras que "dar jeito" no Santa Cruz; assista
Somente após conseguirem recuperar suas linhas telefônicas e receberem mensagens de compras não reconhecidas nos cartões é que as pessoas percebiam o golpe.
Após denúncias, a polícia identificou que os equipamentos eletrônicos comprados em Miami eram vendidos pelos criminosos no Rio de Janeiro.
Na operação Miami Fone, a justiça determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados, no valor de R$ 5 milhões, além do sequestro de bens de todos os veículos em posse dos suspeitos, que possuem lojas de carros e de equipamentos eletrônicos no Rio.
"Acreditamos que tem gente lá em Miami que fazia essas compras e trazia os equipamentos pra cá, praticando o descaminho, já que não pagava o imposto e vendia aqui no Brasil", afirmou o delegado.
As quatro pessoas presas no Rio de Janeiro vão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal e descaminho.