Criminosos invadem hangares e fogem com aviões no Brasil e Paraguai
A suspeita é que os crimes podem ter envolvimento de facções criminosas brasileiras
Criminosos armados invadiram hangares na madrugada de domingo (17) e fugiram com duas aeronaves, uma no Brasil e outra no Paraguai.
A suspeita é que os crimes podem ter envolvimento de facções criminosas brasileiras, que utilizam geralmente este tipo de veículo para o tráfico internacional de drogas.
Devido à tensão causada pela escalada de crimes na fronteira com o Paraguai, porém, também se estendeu o alerta para outros riscos, como o de tentativa de resgate de presos ou algum ataque.
A região da fronteira dos dois países, dominada por facções brasileiras, foi cenário de chacina com quatro mortos, atentados contra políticos e mortes de policiais paraguaios nas últimas semanas.
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As cidades fronteiriças têm maior policiamento atualmente, com objetivo de coibir a ação de grupos criminosos por ali. A área mais tensa é a fronteira na altura das cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (Paraguai), que é dominada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na madrugada deste domingo (17), criminosos roubaram um avião Cessna 207 em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com o Paraguai.
Armados com fuzis, os criminosos invadiram um aeródromo, renderam um caseiro e fizeram a família dele refém. Os ladrões fugiram antes da polícia chegar.
Artefatos semelhantes a bombas foram colocadas próximos ao local.
No Paraguai, um monomotor Cessna 172 foi levado de um hangar em Loma Plata, na região do Chaco Central. Os criminosos teriam arrombado a fechadura de um hangar a tiros e depois fugido com o veículo.
A polícia do país vizinho está em alerta por não ter ideia do que criminosos podem fazer com as aeronaves levadas.
As forças de segurança daquele país têm adotado uma série de medidas contra criminosos, como maior policiamento na fronteira e o anúncio da transferência de presos da penitenciária de Pedro Juan Caballero.
A região vive uma onda de violência em ambos os lados da fronteira. A crise ganhou outro patamar após a morte de pessoas sem ligação com o crime, como três estudantes de medicina assassinadas junto com um homem.