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Crise humanitária no Afeganistão piora rapidamente, adverte PMA

"É a primeira vez que vejo uma crise como esta se intensificar e acelerar neste ritmo e escala", disse a especialista em ajuda humanitária

Centenas de crianças podem passar fome na região central do país Centenas de crianças podem passar fome na região central do país  - Foto: Bulent Kilic/AFP

A crise humanitária no Afeganistão está crescendo em escala e velocidade sem precedentes, declarou nesta quarta-feira (6) Mary-Ellen McGroarty, diretora local do Programa Mundial de Alimentos (PMA), que também pediu mais generosidade à comunidade internacional.

"É a primeira vez que vejo uma crise como esta se intensificar e acelerar neste ritmo e escala", disse a especialista em ajuda humanitária, por videoconferência, aos jornalistas na sede da ONU em Nova York.

Antes que os talibãs chegassem ao poder em meados de agosto, "já tínhamos uma crise humanitária de proporções inimagináveis", que afetava cerca de 18 milhões de pessoas. "Simplesmente está escalando e piorando", enfatizou.

"As previsões indicam que essas cifras vão aumentar, principalmente no quesito alimentação e desnutrição", detalhou McGroarty, ao mencionar que também existe uma "crise de liquidez monetária" no país, o que faz com sejam ainda mais urgentes as contribuições da comunidade internacional, antes da chegada do temido inverno afegão em dezembro.

"As pessoas estão cada vez mais desesperadas e com menos dinheiro", advertiu.

Quando questionada se os talibãs estavam colocando obstáculos para a ajuda humanitária, a funcionária do PMA respondeu que isso não estava acontecendo.

"Não temos realmente nenhum obstáculo" para a ajuda, que se baseia em "princípios humanitários, na imparcialidade, neutralidade e independência operativa", e os talibãs "têm ciência de que é assim que se entrega a ajuda humanitária", frisou.

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