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Vida Plena

Cromoterapia: cores que promovem bem-estar

Técnica usada na terapia quântica une conhecimentos da física a princípios das medicinas chinesa e indiana

Minéya Helga usa a cromoterapia em espaço no bairro do Rosarinho, no RecifeMinéya Helga usa a cromoterapia em espaço no bairro do Rosarinho, no Recife - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” A máxima de Antoine Lavoisier (1743-1794), bastante difundida na escola, expressa, além do princípio de que as coisas não surgem “do nada”, a capacidade de toda matéria, ou seja, qualquer substância que ocupe um corpo sólido, líquido ou gasoso no espaço, de se transformar a partir de interações com trocas de energia no ambiente. Como onda eletromagnética, a luz é uma energia que, ao interagir com o corpo humano, também influencia a saúde e o bem-estar segundo tradições holísticas.

Técnica que utiliza a incidência de cores - que são espectros de luz - sobre o corpo, por meio de lâmpadas e cristais, a cromoterapia é uma das ferramentas da terapia quântica, prática de saúde integrativa baseada na física quântica e nas medicinas chinesa e indiana. “Nós temos o átomo e antes achávamos que os prótons, nêutrons e elétrons eram as menores partículas, mas a física quântica descobriu o quantum, que é uma partícula ainda menor e que tem informações do nosso corpo todo. E a gente trabalha para equilibrar a energia vital do quantum”, detalha a terapeuta quântica Minéya Helga, que atua no espaço Quantum Amor, no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife.

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Cada cor é um fragmento de luz com uma frequência diferente. Dos sete espectros que vão do vermelho ao violeta, as emissões, feitas com uma pequena lâmpada em sessões que duram, em média, 50 minutos, produzem efeitos variados em cada parte do organismo relacionada aos chacras, que absorvem energia dentro do corpo, de acordo com a cultura hindu. “O órgão é um conjunto de células, que têm as moléculas, que têm os átomos e, dentro deles, o quantum. Nós não somos separados. E a luz tem uma frequência mais veloz, que é o violeta, e a mais lenta, que é o vermelho”, explica Helga.



Essa variação é o que determina a incidência das cores a partir das necessidades do paciente. “O vermelho é mais ancorado na vida, estando mais ligado à pulsão, à realização, à sobrevivência. Utilizamos estímulos com a cor vermelha, às vezes, quando a pessoa está desconectada com a vida, triste, em depressão, sem disposição. Já o azul fala da nossa inteligência, capacidade mental, criatividade e intuição. Muitas vezes a pessoa está sem foco, travada para estudar, e eu trago o azul para ajudar”, diz a terapeuta. Para intensificar esses efeitos, são utilizados cristais e estímulos sonoros, com mantras.

Apesar dos benefícios que o trabalho pode proporcionar, a cromoterapia, assim como outras técnicas integrativas, não substitui o tratamento médico e psicológico, essencial para quem sofre de transtornos mentais como a depressão. “Em algum nível, a pessoa pode precisar ser modulada quimicamente [com uso de remédios]. As terapias integrativas são complementares, fortalecem o bem-estar, o que pode melhorar o quadro clínico e a qualidade de vida”, esclarece a terapeuta quântica.

[PODCAST] Mineya Helga, cromoterapeuta, conversa com Patrícia Breda sobre a prática integrativa no Viver Bem.



 Ajudando a pôr a cabeça e o corpo “em ordem”, a técnica traz relaxamento e impacta até o sono. “Eu venho sempre aqui para saber como eu estou, como está a minha frequência energética. Eu durmo melhor, o raciocínio melhora e a paciência também”, conta o tarólogo Ronaldo Patrício, 53, que faz cromoterapia há três anos. Ele diz que hoje consegue lidar melhor com o estresse do dia a dia. “A cromoterapia contribui muito para que a gente possa sair dessa frequência de ansiedade e preocupação. E a gente vai para um lugar onde pode olhar essas demandas de forma mais serena”, ressalta.

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