Cuba destitui ministro da Energia após apagão geral
País vive crise energética e cortes programados no horário de pico devido a falhas nas unidades de geração
O governo de Cuba destituiu, nesta segunda-feira (17), seu ministro da Energia, após o apagão na ilha causado pelo furacão Ian no fim de setembro, em meio à crise energética nacional.
O governo reconheceu o esforço do atual titular da pasta, Liván Arronte Cruz, a quem "serão atribuídas novas responsabilidades".
A ilha, de 11,2 milhões de habitantes, vive desde maio uma crise energética, com cortes programados no horário de pico em todo o país devido a falhas nas unidades de geração, que sofrem avarias e manutenções constantes. A situação se agravou na noite de 27 de setembro, devido a um apagão geral, depois que o furacão atingiu as províncias ocidentais de Pinar del Río, Artemisa e Havana.
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O diretor da estatal União Elétrica de Cuba (UNE) também foi destituído, e em seu lugar ficou Alfredo López Váldes, informou a imprensa estatal. O apagão geral causou uma série de manifestações sem precedentes em bairros de Havana, onde o serviço levou cinco dias para ser totalmente restabelecido, embora os apagões programados continuem na capital e em todo o país.
Soma-se a isso o incêndio de grandes proporções que arrasou em agosto quatro tanques de petróleo com capacidade de 50 milhões de litros de combustível cada, o que afetou a capacidade de armazenamento e abastecimento da ilha.