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Cuba inicia balanço de danos após passagem de furacão Rafael, que deixou a ilha às escuras

Os ventos fortes, que chegaram a 180 quilômetros por hora, causaram a "desconexão do sistema nacional de eletricidade"

Um homem caminha em uma rua durante a passagem do olho do furacão Rafael em Pueblo Candelaria, província de Artemisa, 65 km a oeste de Havana, em 6 de novembro de 2024. Um homem caminha em uma rua durante a passagem do olho do furacão Rafael em Pueblo Candelaria, província de Artemisa, 65 km a oeste de Havana, em 6 de novembro de 2024.  - Foto: Adalberto Roque / AFP

Os cubanos se recuperam, nesta quinta-feira (7), do susto causado pelo furacão Rafael, que atingiu o oeste da ilha com fúria e deixou o país na escuridão mais uma vez, enquanto as autoridades contabilizam os danos materiais sem relatar nenhuma morte até o momento.

Rafael atingiu o oeste de Cuba apenas duas semanas depois da tempestade mortal Oscar, que deixou oito mortos no leste da ilha, em meio a um apagão geral que durou quatro dias.

O presidente Miguel Diaz-Canel fazia um balanço dos danos nesta quinta e tinha previsto percorrer as áreas mais afetadas.

“Estamos avaliando os danos causados por Rafael no início da manhã. A recuperação está concentrada” nas províncias ocidentais de Artemisa, Havana e Mayabeque, disse o presidente em sua conta no X.

O Sistema Elétrico Nacional “já está funcionando”, “do centro para o leste, e os danos no oeste estão sendo avaliados para iniciar sua recuperação lá também. Estamos de pé e lutando. Força Cuba”, acrescentou.

Os ventos fortes, que chegaram a 180 quilômetros por hora, causaram a “desconexão do sistema nacional de eletricidade”, informou a estatal Unión Eléctrica na rede social X na quarta-feira.

A estrada de Havana para Artemisa amanheceu com postes de alta tensão no chão e suas grossas estruturas metálicas retorcidas. As ruas dos vilarejos estavam repletas de galhos de árvores, mas também de telhas e pedaços de concreto das fachadas das casas que não resistiram ao ataque cruel do furacão.

“Agora, o furacão se foi e teremos outro apagão, ou seja, não teremos água, como vamos cozinhar, que água vamos beber”, se pergunta Lidia, uma dona de casa de 49 anos, com tristeza em frente à sua casa em Candelaria, uma cidade de 20.000 habitantes a 40 km de Playa Majana, local por onde Rafael entrou na tarde de quarta-feira.

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