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Cuba

Cuba pede um 'novo contrato global' na ONU

O presidente cubano também anunciou a realização de uma reunião de dirigentes do grupo em 2 de dezembro

Luiz Inácio Lula da Silva discursa na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONULuiz Inácio Lula da Silva discursa na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU - Foto: Timothy A. Clary/ AFP

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que disse falar em nome de uma “voz do Sul”, pediu, nesta terça-feira (19), à ONU um “novo contrato global”, após denunciar a diferença crescente entre os países ricos e aqueles em desenvolvimento.

“Um novo e mais justo contrato global é imperativo”, disse o presidente cubano na tribuna da 78ª Assembleia Geral da ONU. Díaz-Canel ocupa a presidência do G77 + China, um bloco nascido em 1964 com 77 países, e que agora reúne 134 nações.

Os países representaram este grupo “não temos apenas o desafio do desenvolvimento, mas também a responsabilidade de modificar as estruturas que nos marginalizam do progresso global e transformar muitos povos do Sul em laboratórios de renovação de formas de dominação”, assegurou. Juntos, os membros do bloco representam 80% da população mundial.

Na semana passada, Havana sediou a cúpula do G77+China, da qual também participou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terminou sua fala com um chamado à “unidade” para ter peso frente aos países ricos.

O presidente cubano também anunciou a realização de uma reunião de dirigentes do grupo em 2 de dezembro durante a COP28 em Dubai, a fim de influenciar nas negociações sobre o clima e alcançar os "acordos inadiáveis" necessários.

Como de praxe, ele também criticou na ONU o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos contra a ilha comunista, denunciando que seu país vive um "bloqueio econômico asfixiante, concebido para diminuir suas receitas e nível de vida, sofrer com deficiência contínua de alimentos, medicamentos e outros insumos básicos e restringe suas potencialidades de desenvolvimento".

“Nosso país sofre um cerco real, uma guerra econômica extraterritorial, cruel e silenciosa”, disse, em referência ao embargo contra Cuba, em vigor desde 1962.

Quando chegou à Casa Branca, em 2021, o presidente Joe Biden prometeu rever a política americana em relação a Cuba, mas seu discurso se suportou por causa da repressão às manifestações antigovernamentais na ilha, em julho de 2021.

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