Carnaval

Cuidados com a voz e com a audição são importantes no Carnaval; confira dicas

É importante que o folião tenha cuidados com a voz e não force demais durante os dias de folia.

Saúde e bem-estar também no CarnavalSaúde e bem-estar também no Carnaval - Foto: Canva

Quem não se empolga ao cantar hinos emblemáticos como: “Olinda! Quero cantar a ti esta canção”? O Carnaval chegou e com ele as famosas marchinhas carnavalescas que encantam a todos e é quase impossível não vibrar a plenos pulmões. Porém, é importante que o folião tenha cuidados com a voz e não force demais durante os dias de folia. Além disso, manter uma certa distância de trios elétricos e de orquestras evita problemas auditivos

“Sempre é muito importante o folião manter uma certa distância da orquestra ou do próprio trio elétrico que é mais problemático ainda, porque o ouvido da gente pode sofrer com uma coisa chamada trauma acústico”, disse o médico otorrinolaringologista Francisco De Biase. 

De acordo com o médico, o primeiro sinal do trauma acústico é, após a exposição ao ruído intenso, a pessoa perceber algum tipo de zumbido no ouvido

“Esse zumbido no ouvido mostra que aquele impacto levou a algum tipo de trauma, algum tipo de dano na sua orelha interna, e isso pode ser mais evidente quando realmente a audição cai. A pessoa além de ter alguma alteração de percepção sonora no ouvido, algum zumbido, a audição realmente cai, então isso é uma forma de trauma acústico”, reiterou Francisco. 

Cuidados com a voz 
Para a voz, a recomendação é não gritar excessivamente e não competir com o som alto. Além disso, hidratar bastante a corda vocal e evitar o choque térmico são precauções essenciais. 

“É necessário sempre hidratar bastante com água em temperatura um pouco fria, mas que evite esse trauma laríngeo durante o uso vocal. E se essa rouquidão se perpetuar, se passar uma semana e essa voz não voltar ao normal, a pessoa é submetida a um exame de videolaringoscopia, onde essas cordas vocais são filmadas e a gente vai avaliar que tipo de lesão houve naquela região”, pontuou. 

Médico otorrinolaringologista Francisco De Biase. Foto: Arquivo pessoal

Quando a musculatura é usada de forma abrupta e sem treinamento, a tendência é formar um inchaço nas cordas vocais. 

“O folião tem que ter cuidado principalmente num ambiente muito ruidoso onde ele vai ter que competir com o som de uma música, de uma orquestra e vai ter que falar mais alto. Ele vai forçar ainda mais essa musculatura e isso gera um edema dessa musculatura e essa musculatura inchada vai ter uma perda de potência vocal e a pessoa vai ficar rouca. A exposição contínua disso, vários dias ou até meses, pode levar à formação de um nódulo vocal ou calo das cordas vocais”, acrescentou. 

O médico lembra que a voz é composta por uma série de aparelhos. “A gente depende do diafragma, da nossa garganta, do nosso nariz e grande parte desses aparelhos funcionam através de músculos que se contraem, se alongam, e vibram e o principal deles são os músculos vocais, são duas pregas vocais, uma do lado e outra do outro”, afirmou Francisco. 
 

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