ENCONTRO

Cúpula da Amazônia pode ter meta comum para eliminar o desmatamento ilegal

Reunião de líderes dos países amazônicos será nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém

AmazôniaAmazônia - Foto: Mauro Pimentel/AFP

Os líderes dos oito países que participarão da Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém (PA), estão sensibilizados com a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fixar como meta o fim de desmatamento ilegal da floresta até 2030. Segundo a diretora do departamento do meio ambiente do Itamaraty, Maria Angélica Ikeda, apesar dessa disposição, qualquer decisão terá de ser tomada por unanimidade.

— Ouvimos muito a posição de cada país a respeito. Estamos tentando chegar a metas comuns — disse ela.

Conforme O Globo antecipou na última segunda-feira, o desmatamento é uma questão central para a Cúpula da Amazônia. Porém, questões como exploração de petróleo, mineração e reconhecimento de terras indígenas podem terminar em impasse na redação do texto final do evento, que deverá ter 130 artigos.

O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago, disse que os países vizinhos, além do Brasil, vão receber recursos do Fundo Amazônia para projetos ambientais. Lago enfatizou que, embora reconheçam que a devastação da floresta amazônica contribua para as emissões de gases de efeito estufa, o fim do desmatamento resolveria apenas 10% dos problemas causados pelo aquecimento global.

— Temos que mostrar para o mundo que temos plena consciência — afirmou.

Já a secretária para América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, ressaltou que a questão da soberania dos países amazônicos é fundamental. Ela destacou que o Brasil não pode cuidar sozinho de uma região que está presente em oito países.

— Estamos abertos à cooperação, mas a gestão é nossa — disse a diplomata.

Até o momento, à exceção dos presidentes do Equador, Guillermo Lasso — que enviará representante, por estar enfrentando uma crise em seu país - e do Suriname, Chan Santokhi, não estarão presentes. Os demais, que são Brasil, Bolívia, Venezuela, Peru, Colômbia e Guiana estarão em Belém.

Também foram convidados representantes dos dois Congos, da Indonésia, da Alemanha, da Noruega e da França. O presidente francês Emmanuel Macron, que chegou a sinalizar que estaria em Belém, não confirmou presença.

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