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COP27

Da COP27, Petro e Maduro convocam aliança amazônica

O presidente da Colômbia também convocou o envolvimento dos Estados Unidos

Da esquerda para a direita: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro e o presidente do Suriname Chan SantokhiDa esquerda para a direita: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro e o presidente do Suriname Chan Santokhi - Foto: AFP

Os presidentes da Colômbia e Venezuela, Gustavo Petro e Nicolás Maduro, respectivamente, lançaram um apelo nesta terça-feira (8), da COP27, para que se estabeleça uma ambiciosa aliança para a proteção da Amazônia.

"Estamos determinados a revitalizar a selva amazônica" para "dar uma importante vitória à humanidade na luta contra a mudança climática", declarou Petro no balneário egípcio de Sharm el Sheikh, onde acontece a cúpula anual do clima, durante um ato que também contou com a presença do presidente do Suriname, Chan Santokhi.

“Se nós, sul-americanos, temos alguma responsabilidade, é parar a destruição da Amazônia e iniciar um processo de recuperação coordenado, eficiente, consciente”, afirmou Maduro.

Os dois líderes celebraram a volta ao poder de Luiz Inácio Lula da Silva, que deve participar da COP27, e Petro destacou que a entrada do gigante sul-americano na aliança "é absolutamente estratégica".

As ambições são grandes para o que, no momento, ainda é uma declaração de intenções e que quer abarcar os nove países da bacia amazônica.

Petro, promotor da iniciativa, também convocou o envolvimento dos Estados Unidos, já que, no continente, é "o país que mais polui". A superpotência tem, ao sul, "a esponja que mais absorve CO2 no continente americano".

A respeito de financiamento, sugeriu “abrir um fundo” que deverá contar “com orçamento” e também com “o aporte das empresas privadas mundiais e dos Estados do mundo”.

O líder colombiano lembrou o anúncio feito na véspera de que seu país mobilizará US$ 200 milhões por ano durante 20 anos para a conservação da Amazônia. E lançou um apelo à solidariedade dos organismos multilaterais, falando de uma COP27 que tem na agenda o estudo de mecanismos para mitigar as perdas e os danos causados pela mudança climática nos países em desenvolvimento.

“Um dos temas de consenso que podem nos unificar com a África, com parte da Ásia, é a troca da dívida pela ação climática”, onde o FMI “tem um papel a desempenhar”, junto com os grandes países desenvolvidos do mundo, insistiu.

O presidente colombiano reconheceu os "problemas", para este plano, representados pelas grandes reservas de carvão e de hidrocarbonetos em toda região, a começar pela Venezuela, mas reiterou seu discurso firme de pôr fim, no longo prazo, ao uso de combustíveis fósseis.

Maduro e Petro foram os únicos líderes latino-americanos presentes nesta edição da COP27 de caráter marcadamente africano. A iniciativa ainda precisa ser oficialmente apresentada a outros presidentes, em uma reunião que o líder colombiano quer marcar para o início de 2023.

Segundo a organização Amazon Conservation, que monitora o desmatamento da região, em torno de 13% da biomassa original amazônica desapareceu.

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