Daniel Alves levará ex-mulher e filhos para a Espanha em nova tentativa de deixar a prisão; entenda
Ainda no Brasil, jovens já estariam matriculados nas escolas em que irão estudar na Europa
A defesa de Daniel Alves já tem uma nova estratégia na tentativa de que o jogador consiga ser posto em liberdade condicional. Um pedido deve ser feito pelos advogados ainda nessa semana e deve usar como argumento a presença da família dele na Espanha, com a chegada da ex-mulher e dos dois filhos, que, segundo o jornal “As”, devem deixar o Brasil e ir para Barcelona ainda nesta semana.
A presença de vínculos familiares no país é fundamental no pedido de soltura do jogador por sustentar que Daniel Alves não teria interesse em deixar o país (um dos principais temores da Justiça local para mantê-lo preso). A chegada da ex e dos filhos teria se tornado uma estratégia após Joana Sanz, mulher do brasileiro, ter pedido o divórcio, o que retiraria esse vínculo familiar dele com a Espanha.
A defesa de Daniel Alves, comandada pelo criminalista Cristóbal Martell, acredita que a quinta versão dada pelo jogador, em depoimento nesta segunda, não seria suficiente para garantir a liberdade provisória.
Ainda segundo a publicação do “As”, a defesa do brasileiro vai argumentar que as “raízes de Alves” vão estar na Espanha, “a primeira mulher e os dois filhos”, que “estão de mudança do Brasil para Barcelona”. Daniel Júnior e Victoria já teriam, inclusive, sido matriculados nas escolas em que irão estudar.
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Quinta versão
Nesta segunda-feira, em novo depoimento à Justiça da Espanha, o jogador afirmou que a relação sexual com a jovem que o acusa de estupro teria sido consensual. O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro por suspeita de ter estuprado uma jovem de 23 anos, na boate Sutton, em Barcelona. O crime teria ocorrido no dia 30 de dezembro do ano passado.
No depoimento desta segunda, de acordo com a imprensa espanhola, Daniel Alves enfatizou que é "respeitoso" na relação com as mulheres e não toma a iniciativa se não perceber "tensão sexual" e uma clara predisposição. Ele disse que, ao verificar uma "química", teria proposto à jovem que os dois fossem para um local mais reservado. O jogador também afirmou que tudo o que aconteceu dentro do banheiro da boate foi um "ato livre e voluntário", que ele e a jovem fizeram amor e acusadora "nunca disse para parar".
Questionado sobre o teor da denúncia da jovem, Daniel Alves diz que tem pensado a respeito desde o dia em que foi preso. Ele disse acreditar que a vítima se sentiu "ofendida ou irritada" pelo fato dele ter pedido para saírem separados e discretos, e também porque não foi atencioso ou carinhoso com ela.
As novas declarações de Daniel Alves contradizem a versão da vítima e as evidências coletadas pela polícia. A jovem foi atendida por uma ambulância chamada pela boate Sutton, e transferida para o Hospital Clínic, referência em atendimentos a vítimas de abusos sexuais. Lá, ela passou por um exame médico. O relatório diz que ela sofreu ferimentos leves compatíveis com a "luta" que teria travado com o jogador de futebol para não se sujeitar ao ato sexual.
A ficha médica indicou que dentre as lesões encontradas está uma pequena equimose no joelho. Trata-se de uma mancha roxa causada por um sangramento em que ocorre a infiltração do sangue na pele. Isso se dá devido à ruptura de alguns vasos sanguíneos.
O machucado corrobora com a narrativa descrita pela jovem. Em sua versão, ela destacou que Daniel Alves a "agarrou pela nuca, não sei se também pelos cabelos e me jogou no chão, machuquei o joelho".