Defensor dos direitos LGBTQIA+ da ONU renova seu mandato
Victor Madrigal-Borloz ocupa o cargo desde 2017
O defensor dos direitos das minorias LGBTQIA+ perante a ONU continuará sua missão, apesar da resistência de um grupo de países muçulmanos, quando seu mandato foi ratificado por mais três anos na semana passada no Conselho de Direitos Humanos.
"A comunidade internacional continua compreendendo a magnitude da violência e discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, trans ou pessoas de gênero diverso", disse à AFP Victor Madrigal-Borloz, que ocupa o cargo desde 2017.
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A proteção dos direitos das minorias sexuais e de gênero é regularmente debatida devido à forte oposição de alguns países.
Apesar de uma campanha em que participaram "mais de 1.100 organizações LGBTQIA+" de 174 países e "o apoio político" de dezenas de Estados, segundo o defensor, a renovação teve que enfrentar a hostilidade da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), que defende os interesses dos países muçulmanos na ONU.
Madrigal Borloz critica "uma posição política muito infeliz" que nega a existência de discriminação em todos os países, incluindo os da OCI.
Por 23 votos a 17 - Malawi, Eritreia e China juntando-se aos 14 países muçulmanos - o Conselho finalmente declarou a renovação, depois de rejeitar várias alterações destinadas a restringir seu alcance, às vezes por apenas um voto.