Defesa civil de Gaza relata 40 mortos em ataque israelense em zona humanitária
O Exército israelense afirmou que suas forças aéreas atacaram um centro de comando do Hamas que ficava "localizado dentro da zona humanitária de Khan Yunis"
A Agência de Defesa Civil de Gaza informou nesta terça-feira (10, noite de segunda em Brasília) que 40 pessoas morreram e 60 ficaram feridas em um bombardeio na zona humanitária de Al Mawasi, na cidade de Khan Yunis, no sul do território palestino.
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O Exército israelense afirmou que suas forças aéreas atacaram um centro de comando do Hamas "localizado dentro da zona humanitária de Khan Yunis", algo que o movimento islamista palestino desmentiu.
Mohamed al-Mughair, um funcionário da Defesa Civil de Gaza, disse à AFP que "40 mortos e 60 feridos foram recuperados e transferidos" para hospitais próximos.
"Nossas equipes ainda estão trabalhando para encontrar 15 pessoas desaparecidas como resultado do ataque nas tendas de deslocados em Mawasi, em Khan Yunis", afirmou.
Outras fontes da Defesa Civil disseram que o bombardeio deixou grandes crateras na área.
"Famílias inteiras desapareceram no massacre de Mawasi, em Khan Yunis, sob a areia, em buracos profundos", declarou o porta-voz Mahmud Basal.
O Exército israelense, em comunicado, afirmou que suas forças aéreas "atacaram terroristas significativos do Hamas que operavam um centro de comando e controle localizado dentro da zona humanitária de Khan Yunis".
"As organizações terroristas na Faixa de Gaza continuam abusando sistematicamente da infraestrutura civil e humanitária, incluindo a área designada como zona humanitária, para realizar atividades terroristas contra o Estado de Israel", assegurou.
O movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, classificou como "mentira descarada" a afirmação de que seus combatentes estivessem presentes em Al Mawasi.