RIO DE JANEIRO

Defesa pede que Justiça volte a avaliar pedido de habeas corpus para cônsul alemão

Desembargadora havia negado liberdade ao diplomata

Uwe Herbert Hahn, cônsul alemãoUwe Herbert Hahn, cônsul alemão - Foto: Reprodução TV Globo

A defesa do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, preso por suspeita de matar o marido Walter Henri Maximillen Biot, pediu à Justiça, na última sexta-feira, que seja reavaliado o pedido de habeas corpus do cliente.

No último dia 9, a solicitação dos advogados foi negada pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. A magistrada afirmou, em sua decisão, que não havia ilegalidades na prisão em flagrante de Uwe, mas ressaltou que faltava alguns documentos no pedido da defesa para a análise de parte dos argumentos apresentados.

Os advogados anexaram ao pedido a íntegra do auto de prisão em flagrante do cônsul e fizeram um pedido de reconsideração à desembargadora, relatora do habeas corpus na 2ª Câmara Criminal.

O cônsul foi preso em flagrante no último dia 6, após seu marido, o belga Walter Henri Maximillen Biot, de 52 anos, ter sido encontrado morto na cobertura de um apartamento na Rua Nascimento Silva, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Segundo Camila Lourenço, delegada assistente da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado, a versão do alemão, de que o marido havia tropeçado e caído, não era compatível com as marcas encontradas no corpo do belga durante a necrópsia. O cônsul foi preso temporariamente pela prisão do marido.

Na ocasião da prisão, segundo as investigações da Polícia Civil, Uwe Hahn informou ao médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que o marido havia passado mal e caído no chão, no dia anterior, na cobertura que ambos dividiam.

O profissional responsável pelo atendimento acreditou que o homem pudesse ter tido um mal súbito, mas não quis atestar o óbito e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), no Centro da cidade, onde passou por exame de necropsia.

O laudo do legista atesta que Walter Henri Maximillen Biot morreu de hemorragia subaracnoide (extravasamento de sangue entre o cérebro e o tecido), contusão craniana e traumatismo cranioencefálico, provocados por ação contundente.

O documento aponta que o cadáver apresenta mais de 30 lesões, como equimoses, escoriações e outros tipos de ferimentos, espalhados por regiões como braços, pernas, tronco e cabeça.

No apartamento do casal, policiais da 14ª DP encontraram móveis em desalinho e manchas de sangue no chão e em uma poltrona.

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