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Economia

Déficit fiscal dos EUA cai pela metade em 2022

Redução vem após um recorde histórico registrado há dois anos, na pandemia

Bandeira dos Estados Unidos. A informação surge depois que autoridades americanas disseram que o Irã estava atenuando seu pedido para que Washington removesse a Guarda Revolucionária de uma lista terroristaBandeira dos Estados Unidos. A informação surge depois que autoridades americanas disseram que o Irã estava atenuando seu pedido para que Washington removesse a Guarda Revolucionária de uma lista terrorista - Foto: Pexels

O déficit das finanças públicas dos Estados Unidos foi reduzido pela metade no ano fiscal de 2022 em relação a 2021, após um recorde histórico registrado há dois anos por conta dos gastos pela pandemia.

O valor em vermelho ficou em US$ 1,375 trilhão para o ano fiscal que terminou em setembro de 2022, ou seja, US$ 1,4 trilhão a menos que no ano passado, para "a maior redução do déficit federal da história", anunciou o Departamento do Tesouro americano nesta sexta-feira (21).

O déficit fiscal atinge o equivalente a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia do mundo, ante 12,3% no ano anterior.

"A maior queda no déficit fiscal federal" da história é "nova prova de que estamos reconstruindo a economia", afirmou o presidente democrata Joe Biden em um discurso televisionado da Casa Branca em Washington, três semanas antes das eleições legislativas de meio de mandato em novembro.

"É a prova da nossa reativação econômica histórica, impulsionada por nosso esforço de vacinação (contra a covid-19) e pelo plano de ajuda" do presidente democrata Joe Biden, celebrou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em uma nota.

 

A receita federal no período considerado atingiu um recorde histórico de US$ 4,896 trilhões, o que implica um aumento de 21%, disse um funcionário do Tesouro.

Enquanto isso, as despesas caíram US$ 550 bilhões, ou 8,1%, graças a uma redução nas despesas relacionadas à covid-19, particularmente o seguro-desemprego e as ajudas às pequenas empresas. O gasto público total atingiu US$ 6,2 trilhões.

Embora os gastos relacionados ao coronavírus tenham caído, o auxílio para empréstimos estudantis aumentou, detalhou o Tesouro.

A queda no déficit ocorre depois que o presidente Biden anunciou planos de perdoar parte da enorme dívida de empréstimos estudantis do país, uma questão controversa entre democratas e republicanos.

A oposição acusa Biden de desperdiçar dinheiro com essa medida e argumenta que os recursos públicos poderiam ser usados de forma mais eficiente.

Biden anunciou o plano em 24 de agosto, cumprindo uma promessa de campanha. De acordo com estimativas do governo, o estudante universitário americano médio deve US$ 25.000 quando se forma, uma quantia que muitos levam anos ou mesmo décadas para pagar.

Essas modificações nos empréstimos estudantis tiveram um impacto de 430 bilhões de dólares nos gastos federais em setembro.

O peso da dívida 
A dívida do Estado federal aumentou US$ 2 trilhões em 2022, para US$ 24,3 trilhões, o equivalente a 97% do PIB, contra 98,4%, em 2021.

O forte aumento das taxas de juro num contexto inflacionário fez com que os juros pagos sobre a dívida pública fossem 36,6 bilhões de dólares superiores ao estimado.

A Reserva Federal (Fed, Banco Central) aumentou as suas taxas de referência cinco vezes consecutivas este ano, numa tentativa de esfriar a economia e conter a inflação, que corrói o poder de compra da população.

O governo disse em comunicado separado que os Estados Unidos já recuperaram todos os empregos perdidos durante a pandemia de covid-19 e criaram mais.

De fato, a economia adicionou mais de 10 milhões de novos empregos desde o início de 2021, e o índice de desemprego está próximo de seus mínimos históricos pré-pandemia.

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