FEMINÍCIDIO

Delegada pernambucana morta na Bahia: companheiro confessa crime e admite ter inventado sequestro

Corpo de Patrícia Neves foi encontrado com sinais de estrangulamento. Enterro será no Recife

Corpo da delegada Patrícia Neves foi encontrado em carroCorpo da delegada Patrícia Neves foi encontrado em carro - Foto: Polícia Civil da Bahia/Divulgação; Redes sociais/Reprodução

Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda, de 26 anos, apontado pela polícia como principal suspeito de matar a delegada pernambucana Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, no município de São Sebastião do Passé, na Bahia, confessou o crime à polícia. O crime aconteceu no domingo (11).

Segundo o g1 Bahia, Tancredo Neves prestou depoimento na segunda-feira (12). Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após passar por audiência de custódia. No depoimento, ele afirmou à polícia que inventou a versão de que os dois teriam sido sequestrados.

O homem também afirmou que "girou o cinto de segurança no pescoço" de Patrícia para se defender de agressões durante uma discussão do casal. 

O corpo da delegada será enterrado na tarde desta terça-feira (13), no Cemitério Parque das Flores, no Recife.

Tancredo Neves disse no depoimento, ainda de acordo com o g1 Bahia, que contou a verdade após "passar a noite pensativo" e se arrepender do que fez.

Ele afirmou que saiu para beber com Patrícia em Santo Antônio de Jesus e, segundo ele, a delegada teria ficado alcoolizada. Em seguida, a mulher teria decidido viajar para Salvador para comprar roupas.

Tancredo Neves disse também que, durante a viagem, os dois pararam para urinar na BR-101, na altura da cidade de Sapeaçu. No trajeto, ele teria afirmado à delegada que precisavam repensar a relação.

Ainda no depoimento, o homem afirmou que teria sofrido ameaças com arma de fogo e que Patrícia teria puxado o volante do carro provocando a colisão contra uma árvore.

A mulher então, ainda segundo a versão contada por Tancredo Neves, começou a bater nele, que enrolou o cinto de segurança no pescoço dela para tentar se defender.

Tancredo disse que não queria matar a mulher, mas fazer com que ela parasse as agressões. Ao notar que Patrícia estava desacordada, ele saiu do carro e chamou a polícia, mas afirmou não ter percebido que ela estava morta.

Os dois eram namorados há cerca de quatro meses. Nesse tempo, ele chegou a ser preso em flagrante por agressão contra a delegada. Tancredo foi solto por decisão judicial e o casal se reconciliou. 

O homem tem outras denúncias de mulheres com quem se relacionou. Em todos os casos, Tancredo Neves nega as agressões. 

O velório de Patrícia Neves aconteceu sob forte comoção na Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Jesus, cidade da delegacia onde a delegada atuava como plantonista. Patrícia era mãe de uma criança de 7 anos. 

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