INFLUENCER

Deolane Bezerra chega à Colônia Penal Feminina de Buíque, presídio com "canibais de Garanhuns"

A influenciadora e advogada Deolane Bezerra teve a prisão domiciliar revogada na tarde desta terça-feira (10) e foi encaminhada para o Agreste de Pernambuco

Deolane Bezerra chegou à Colônia Penal Feminina de Buíque Deolane Bezerra chegou à Colônia Penal Feminina de Buíque  - Foto: Reprodução/ buiqueordinarioo/ instagram

Deolane Bezerra voltou a ser presa após ter a prisão domiciliar revogada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, nesta terça-feira (10).

A influenciadora digital e advogada foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina de Buíque, município do Agreste que fica a aproximadamente 280 km do Recife.

A influenciadora chegou por volta das 21h25  no local. Em imagens divulgadas nas redes sociais, é possível observar a presença de fãs que acompanharam a chegada de Deolane na cidade.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Folha de Pernambuco (@folhape)

Quatro viaturas da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) fizeram a escolta da influenciadora do Recife até Buíque. 

Além de Deolane, a Colônia Penal Feminina de Buíque tem outras presas que tiveram grande repercussão nacional.

As duas mulheres, Bruna Cristina Oliveira da Silva e Isabel Cristina Pires da Silveira, do trio que ficou conhecido como 'canibais de Garanhuns' estão na unidade prisional. 

Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, condenado, 71 anos de prisão, está recluso na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife.

Bruna foi condenada a 68 anos de reclusão, enquanto Isabel teve a pena de 71 anos e 10 meses de prisão.

Eles foram condenados em 2018 pelas mortes de Giselly Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão.

Relembre o caso 

O trio ficou conhecido como 'canibais de Garanhuns' por matarem, esquartejarem e comerem a carne dos corpos de, pelo menos, três mulheres. 

Os crimes foram descobertos em abril de 2012, graças às investigações sobre o desaparecimento de uma das vítimas: Giselly Helena da Silva, de 31 anos.

Dias após o assassinato, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco, os réus utilizaram documentos e cartões de crédito da vítima para a realização de compras no comércio local. 

Foi isso o que levou a polícia até a casa onde os três moravam. No quintal, foram encontrados enterrados os corpos de Giselly e de Alexandra da Silva Falcão, morta aos 20 anos.

Já preso, o trio de canibais relatou à polícia que integravam uma seita chamada Cartel. Seu objetivo seria “purificar o mundo” através do controle populacional, matando mulheres. 

O consumo da carne das vítimas fazia parte de um ritual. A carne também era utilizada no preparo de salgados, como coxinha e empadas, que eram vendidos em diversos locais de Garanhuns.

Com a descoberta das duas mortes, veio à tona um terceiro assassinato: o de Jéssica Camila da Silva Pereira, realizado quatro anos antes. 

A primeira vítima tinha apenas 17 anos quando conheceu o trio. Atraída para trabalhar como doméstica, viveu durante três meses com seus assassinos no bairro de Rio Doce, em Olinda, onde seus restos mortais foram encontrados.

A filha da vítima, ainda pequena, passou a ser criada por Jorge e Isabel.

Depois da prisão, a casa onde os suspeitos residiam em Garanhuns foi incendiada por vizinhos indignados.

Apesar de muitas provas do crime terem sido destruídas, a polícia conseguiu resgatar um diário onde Jorge relatava seus rituais, além de filmes de terror caseiros produzidos por ele e a esposa.

Pela violência cometida contra Jéssica, Jorge foi condenado a 23 anos de reclusão e Isabel e Bruna, a 20 anos, cada uma, em uma decisão do júri popular no ano de 2014.

Marcado inicialmente para o dia 23 de novembro deste ano, o julgamento relacionado às demais vítimas foi adiado quando o advogado de Jorge não compareceu ao tribunal. 

Veja também

Médicos Sem Fronteiras vai deixar a Rússia após 32 anos
MEDICINA

Médicos Sem Fronteiras vai deixar a Rússia após 32 anos

Contestação de resultados eleitorais é um fenômeno mundial, aponta estudo
MUNDO

Contestação de resultados eleitorais é um fenômeno mundial, aponta estudo

Newsletter