Departamento de Justiça se opõe a divulgação do motivo de buscas em mansão de Trump
Justiça alega que há a necessidade de proteger a integridade da investigação policial que está em andamento
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos se opôs nesta segunda-feira (15) a divulgar o documento judicial que expõe os motivos que levaram o FBI a fazer buscas na semana passada na mansão do ex-presidente Donald Trump na Flórida.
Veículos de comunicação e congressistas haviam pedido a um juiz da Flórida que publicasse a declaração juramentada que possibilitou as buscas, as quais criaram uma tempestade política no país, já dividido. Mas o Departamento de Justiça se opôs, por considerar que "existem razões convincentes, as quais incluem proteger a integridade de uma investigação policial em andamento que envolve a segurança nacional".
Na última sexta-feira, a pedido da promotoria, um juiz publicou a ordem que autorizou as buscas, e uma lista dos documentos apreendidos. Mas a solicitação diz respeito agora a um documento que contém "fatos de investigação detalhados e de importância crítica, bem como informações altamente confidenciais sobre as testemunhas".
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Caso se torne público, o documento poderá revelar a estratégia dos investigadores, estima o Departamento de Justiça, e “comprometer (o sucesso) das próximas etapas da investigação”.
Trump afirmou nesta segunda-feira que agentes do FBI apreenderam seus passaportes durante a operação. "Uau! Na operação do FBI em Mar-a-Lago, roubaram três passaportes (um expirado), juntamente com todo o resto", publicou o ex-presidente em sua plataforma Truth Social. "Esse é um ataque a um adversário político em um nível nunca antes visto em nosso país. Terceiro Mundo!"
Além das investigações sobre suas práticas comerciais, Trump está sob a lupa por seus esforços para anular os resultados das eleições de novembro de 2020, e pelo ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente.