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Paulista

Desabamento no Conjunto Beira-Mar: o drama de quem enfrenta o desemprego e busca um recomeço

Moradora desempregada há um mês perdeu tudo no desabamento que deixou 14 mortos

Adriana está abrigada na casa de uma amiga e lamenta os prejuízosAdriana está abrigada na casa de uma amiga e lamenta os prejuízos - Foto: Arthur Mota

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O desabamento de parte de um bloco do Conjunto Beira-Mar, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, na última sexta-feira (7), deixou 14 mortos, mas também resultou em marcas que vão ficar para sempre na vida de quem também já passa tragédias pessoais, como o caso de Adriana da Silva, de 46 anos.

Enfrentando o desemprego, ela perdeu tudo no desabamento. Junto com o filho de 17 anos, Adriana está abrigada na casa de uma amiga e lamenta os prejuízos, mas carrega também a esperança de um novo recomeço, de quem saiu sem nada do local onde morava, somente com a vida.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“Eu espero que esse recomeço seja melhor do que como eu estava. A gente recebeu doações de comida, mas ainda faltam eletrodomésticos, como ventilador, geladeira, televisão e outros utensílios. São coisas que a gente fica querendo, mas não tem [condições]”, comenta.

Ela conta que não tem como procurar um novo lugar para morar, por falta de um emprego. Adriana trabalhava como vendedora, mas está desempregada. Quando saiu do emprego não teve qualquer direito trabalhista, uma vez que não possuía a carteira assinada.

“Eu não tenho de onde tirar [dinheiro]. Hoje somos somente eu e o meu filho, porque ele é responsabilidade minha. Ele é só estudante”, conclui.

A dona de casa Fátima Gomes, de 52 anos, também é moradora da área. No dia do desabamento, ela estava em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, recebendo cuidados por causa de um problema no pé. Com as interdições feitas pela Defesa Civil de Paulista, ela está vivendo na casa da irmã, em Pau Amarelo, Paulista.

Fátima Gomes acompanha as movimentações no lugar onde vivia na esperança por providênciasDurante o dia, Fátima volta para o lugar onde vivia na esperança por providências. Foto: Arthur Mota

Gomes só conseguiu levar algumas peças de roupas para a casa da parente onde dorme e, durante o dia, volta para o lugar onde vivia para acompanhar as movimentações na esperança por providências.

“Eu não tenho família aqui por perto. A minha irmã que mora em Pau Amarelo. Eu fico todo dia pra lá e pra cá. Fica difícil. Eu me informo com o engenheiro, aí ele diz que está avaliando como vai ser. Eles estão avaliando como vão subir e fazer a retirada dos itens da gente”, afirma.
 

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