Uruguai se despede de desaparecida na ditadura cujos restos mortais foram encontrados em quartel
A desaparecida na ditadura é a militante comunista Amelia Sanjurjo
O Uruguai se despede, nesta quinta-feira (6), da militante comunista Amelia Sanjurjo, detida e desaparecida durante a última ditadura (1973-1985), cujos restos mortais foram encontrados há exatamente um ano em um quartel militar, embora só tenham sido identificados na semana passada.
A homenagem acontece no prédio central da Universidade da República, administrada pelo Estado, e termina às 15:00 (16:00 em Brasília) no Cemitério La Teja, em Montevidéu.
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“Nesta quinta-feira, Amelia retorna à sua casa, à sua família e ao seu povo”, disse a associação de Mães e Parentes de Uruguaios Detidos e Desaparecidos ao pedir uma homenagem pública a ela.
Amelia Sanjurjo Casal tinha 40 anos de idade quando foi presa em 2 de novembro de 1977 nas ruas de Montevidéu. Ela era funcionária de uma editora, membro do Partido Comunista do Uruguai e estava grávida há pouco tempo.
De acordo com informações oficiais, ela morreu seis dias após seu sequestro, espancada quando foi levada para uma sessão de tortura em “La Tablada”, a sede de um órgão que coordenava a repressão contra militantes de esquerda.
Em 28 de maio, o promotor especializado em crimes contra a humanidade, Ricardo Perciballe, confirmou que os restos humanos encontrados em 6 de junho de 2023 no Batalhão 14 do Exército, a 25 km de Montevidéu, eram de Sanjurjo.