DESAPARECIMENTO

Desaparecimento de piloto do Rio na Venezuela completa um mês nesta terça-feira

Pedro Buta, como era conhecido, foi contratado para levar um monomotor Bellanca Aircraft de Goiânia até o país vizinho, mas não foi mais visto

O piloto Pedro Buta, como era conhecido, era especialista em voos de avião e de balão O piloto Pedro Buta, como era conhecido, era especialista em voos de avião e de balão  - Foto: Reprodução/Internet

O desaparecimento de Pedro Rodrigues Parente Neto completa um mês nesta terça-feira. Piloto e instrutor de voo, Pedro Buta, como é conhecido, foi contratado em agosto para levar um monomotor Bellanca Aircraft de Goiânia para a Venezuela, onde supostamente desapareceu.

Segundo a Polícia Civil de Roraima, responsável pelo caso, a investigação continua na fase de coleta de depoimentos.

Em nota, a polícia de Roraima informou que "os trabalhos avançam no sentido de confirmar que o desaparecimento do piloto ocorreu na Venezuela, o que vai exigir a colaboração das autoridades do país vizinho para o inteiro esclarecimento dos fatos".

Informações podem ser repassadas por meio do telefone do Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas: (95) 98412-9835.

O Globo entrou em contato com o Itamaraty, mas ainda não teve retorno quanto ao avanço das investigações.

Desaparecimento em setembro
No início do mês passado, Maria Eugênia Buta, mãe de Pedro, passou uma semana em Roraima em busca de informações. Segundo ela, o filho viajou no dia 17 de agosto, apontando a Bahia como destino. À época, a expectativa era de que ele retornasse ao Rio em 4 de setembro, mas a família parou de receber notícias dele no dia primeiro daquele mês.

Com o início das investigações, constatou-se que o monomotor Bellanca Aircraft, que Pedro levaria até a Venezuela, era do empresário brasileiro Daniel Seabra de Souza, do ramo da mineração. Ao RJ2, da TV Globo, ele contou que havia comprado a aeronave no Brasil e contratado Pedro para levá-la até o país vizinho, onde se encontrariam.

A polícia também descobriu que Pedro teria entrado na Venezuela com o transponder do monomotor desligado. Esse dispositivo alerta sobre a localização de aeronaves, que aparecem no radar de controle de tráfego aéreo.

Acidente aéreo em maio
No dia 20 de maio deste ano, Pedro se envolveu em um acidente no Acre, onde realizou um pouso de emergência no rio Tarauacá. À polícia, ele contou ter sido contratado por Wesley Evangelista de Olinda para fazer um voo do Espírito Santo ao Amazonas, e que suspeitava de um esquema de sabotagem contra ele.

Os dois haviam se conhecido, naquele mês, em um grupo do WhatsApp sobre aviação. Até o momento, o caso não foi totalmente esclarecido.

Em depoimento à época, Pedro contou ter escolhido a rota que passava pelo Acre por já conhecer o trajeto, incluindo pontos de abastecimento. Durante as investigações, a polícia descobriu que Wesley Evangelista havia sido preso, em 2019, por tráfico internacional de drogas e, um ano antes, era conhecido por ser chefe de uma organização criminosa na região.

O piloto negou saber do histórico de Wesley, afirmando que aceitou o serviço porque o avião estava regular.

A suspeita de sabotagem relatada por Pedro diz respeito a um processo movido por ele contra uma empresa de táxi aéreo no Norte.

Segundo o piloto, o proprietário permita que os funcionários trabalhassem em situações deploráveis, alimentando-se de comidas estragadas e dormindo em alojamentos precários. Além disso, afirmava que os mesmos eram obrigados a fazer o transporte de pessoas em número acima do suportado pelos aviões.

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