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Saúde

Desequilíbrio ambiental já causou casos de coceira no Rio Grande do Sul

CoceiraCoceira - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

A equipe de especialistas e representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e da Secretaria Executiva de Vigilância e Saúde do Recife que investiga as causas das lesões na pele constatadas em vários municípios de Pernambuco avaliam a possibilidade de a doença estar ligada a um desequilíbrio ambiental. Problema semelhante aconteceu há cinco anos, no interior do Rio Grande do Sul.

No Recife, os bairros de Dois Irmãos e da Guabiraba concentram mais de 80% dos casos e, por isso, possibilidades sobre as lesões de pele serem causadas por insetos ou substâncias presentes na mata, como pólen de folhas ou flores, são algumas das perspectivas estudadas.

O médico infectologista Demetrius Montenegro, integrante do grupo de pesquisa, afirmou que esse cenário é uma possibilidade. “É uma linha de pesquisa também, avaliar se as lesões não estão relacionadas a algum desequilíbrio ambiental. [No Recife] as pessoas que mais são acometidas estão próximas à mata de Dois Irmãos. E tem os moradores de Camaragibe, que a cidade também tem uma área que é perto da mata”, disse ele.

No ano de 2017, o município de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, notificou a população sobre a ocorrência de lesões na pele com coceiras causadas pelas cerdas da mariposa de gênero Hylesia. Num alerta feito à época à população, a prefeitura informou que as razões para a proliferação das manchas foi justamente o desequilíbrio ambiental e o período de reprodução do inseto, na troca de estações da primavera para o verão, como ocorre agora.

Segundo a prefeitura gaúcha, o contato com as mariposas causava dermatite com lesões avermelhadas na pele, que poderiam ainda afetar os olhos e com coceira associada. A evolução das lesões variava de 7 a 14 dias, com recuperação total após esse período.

Até o momento, no entanto, não existe nenhuma prova que ligue os casos de lesões cutâneas presentes em Pernambuco com os que aconteceram em 2017 no Rio Grande do Sul.

A força tarefa que conta com médicos especialistas e representantes de órgãos públicos relacionados à saúde continua sem descartar as hipóteses de contaminação da água e a possibilidade das lesões terem relação com ácaros como a sarna.

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