Desistência de Biden: reações internacionais ao comunicado do presidente dos Estados Unidos
Presidente dos EUA anunciou a desistência na disputa eleitoral americana no domingo (21)
De Moscou a Caracas, as reações internacionais ao anúncio de desistência do presidente americano, o democrata Joe Biden, da disputa de um segundo mandato no comando da Casa Branca seguem chegando desde domingo (21)
Rússia
O Kremlin reagiu anunciando que acompanha "com atenção" a evolução dos acontecimentos.
"As eleições [nos Estados Unidos] são dentro de quatro meses. É muito tempo, durante o qual muitas coisas podem mudar. Devemos estar atentos, acompanhar o que vai acontecer", declarou o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov ao veículo de imprensa Life.ru.
Leia também
• Por que Obama evita apoio automático a Kamala como candidata no lugar de Biden?
• Joe Biden, anatomia de uma queda
• Esposa de Biden reage com "corações" sobre decisão do marido de desistir da candidatura nos EUA
Israel
Em Jerusalém, o presidente israelense, Isaac Herzog, agradeceu ao presidente americano "por seu apoio inabalável ao povo israelense".
"Quero expressar meus mais sinceros agradecimentos a Joe Biden por sua amizade e seu apoio inabalável ao povo israelense ao longo de décadas de sua longa carreira", manifestou-se Herzog em uma postagem na rede X.
Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu ao presidente Biden por tomar "medidas audaciosas" em apoio ao seu país, e elogiou sua "decisão difícil, mas forte" de desistir da reeleição.
"A situação atual na Ucrânia e em toda a Europa não é menos difícil, e sinceramente esperamos que a liderança contínua dos Estados Unidos impeça que o mal russo triunfe ou que sua agressão dê frutos", publicou Zelensky no X.
Venezuela
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, destacou em um ato de campanha que Biden "priorizou sua família", a sua saúde e seu deu conta de que com essa idade com a saúde debilitada não poderia assumir as rédeas de seu país e muito menos de uma candidatura presidencial. Foi uma atitude responsável".
"Eu conheço o presidente Biden. Tenho que dizer que esses três anos de governo mantivemos diálogo permanente", disse Maduro. "Apenas lhe digo, presidente Biden, que esteja tranquilo com sua consciência porque tomou a decisão sábia e correta".
Japão
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, qualificou a saída de Biden como "a melhor decisão política que poderia ter tomado", e descreveu a relação entre Japão e Estados Unidos como "a pedra angular da diplomacia e da segurança japonesa".
China
A porta-voz do Ministério chinês de Relações Exteriores, Mao Ning, se recusou a fazer comentários, afirmando em sua coletiva de imprensa diária que "as eleições presidenciais dos Estados Unidos são um assunto interno dos Estados Unidos".
Alemanha
Em Berlim, o chanceler Olaf Scholz saudou uma decisão que merece "respeito".
"Meu amigo Joe Biden realizou muitas coisas: para seu país, para a Europa, para o mundo", escreveu Scholz no X, acrescentando: "sua decisão de não voltar a se candidatar merece respeito".
Reino Unido
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também disse, na noite deste domingo, "respeitar" a decisão do presidente americano.
"Eu sei que, como fez ao longo de sua carreira notável, tomou sua decisão em função daquilo que considera ser o melhor para o povo americano", acrescentou no X.
França
"Um grande presidente, um grande homem: Joe Biden escolheu o interesse de seu país. Impulsionador do progresso nos Estados Unidos e firme defensor da democracia e da estabilidade mundiais, (Biden) conclui esta noite sua obra política com coragem e sabedoria", declarou no X a presidente da Assembleia Nacional francesa, Yael Braun-Pivet.
Canadá
"Eu conheço o presidente Biden há anos. É um grande homem, e tudo o que ele fez foi guiado pelo amor que tem ao seu país. Enquanto presidente, é um parceiro dos canadenses e um verdadeiro amigo", escreveu o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no X.
Austrália
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, saudou a "liderança" de Joe Biden e seu engajamento "a favor dos valores democráticos, da segurança internacional, da prosperidade econômica e da ação climática para as gerações atuais e futuras".